Hackathon Vida busca soluções para reduzir impacto da Covid-19

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Estão abertas as inscrições para o Hackathon Vida, maratona organizada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, Prefeitura de Ponta Grossa e pela comunidade de startups Campos Valley, com o objetivo de encontrar soluções inovadoras para minimizar os impactos caudados pelo coronavírus. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até 11 de maio pelo site https://www.sympla.com.br/hackathon-vida__839713.

O propósito é desenvolver ideias e projetos a partir da questão norteadora: “Como as novas tecnologias podem colaborar com a saúde, educação, gestão de negócios e/ou cidadania, reduzindo os impactos da Covid-19 na sociedade?”. De acordo com os organizadores, toda a comunidade está convidada a participar, acadêmicos, pesquisadores, empreendedores, designers, professores, autodidatas e pessoas interessadas.

“Seguramente o mundo após a Covid-19 será outro, daí a relevância do tema. É um divisor de águas. As relações, sejam elas pessoais, de consumo, trabalhistas, entre outras, não serão mais da mesma forma. Por isso, é preciso propor alternativas e soluções. A conectividade nos aproxima e proporciona a troca de experiências e de acesso. A criatividade e a inovação aliada com as novas tecnologias farão toda a diferença nesse momento e para o futuro”, afirma a coordenadora de fomento ao empreendedorismo e inovação, Tonia Mansani.

Os participantes poderão desenvolver a solução para uma ou mais entre quatro categorias propostas: saúde, educação, gestão de negócios e sociedade. Mansani explica que a maratona deste ano foi desenhada para ser realizado a distância. “Mesmo fisicamente longe, estaremos mentalmente próximos e focados para contribuir com a sociedade na busca de soluções”. Dessa forma, o Hackathon será exclusivamente online e cada inscrito participará de forma remota. Durante a competição, as equipes deverão utilizar o aplicativo WhatsApp como plataforma de comunicação e haverá videoconferência para webinars ao vivo, mentorias e check-ins diários.

Segundo o professor Giovani Marino Favero, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UEPG, o Hackathon permitirá discutir sobre áreas que estão sofrendo gravemente com a pandemia e isolamento social. “Na área da saúde, o iminente colapso do sistema de saúde, a falta de EPIs, a contaminação de profissionais são temas que necessitam de criatividade e inovação para podermos minimizar os malefícios causados. Na educação, temos uma organização baseada na forma presencial de ensino e que, repentinamente, precisa se adaptar a novas tecnologias para continuar com as atividades”, lembra.

Favero reforça que a área de gestão de negócios também está sofrendo com a parada da economia: “É evidente a quantidade de empresas grandes e, principalmente, pequenas que estão passando por dificuldades. Soluções aqui impactam em todo um ciclo que envolve o mais pobre ao mais rico”. O pró-reitor ressalta ainda os problemas causados pelo isolamento à sociedade como um todo. “Nitidamente fomos pegos de surpresa com uma doença em escala global. A falta de estudo, remuneração, e o medo incessante com a saúde têm gerado uma preocupação social evidente. Serão objeto desse desafio as soluções que possam minimizar as preocupações individuais que afetam o coletivo”, afirma.

Hackathon 2019

Em 2019, o Hackathon aconteceu no Pavilhão Tech da Feira Paraná, entre os dias 23 e 25 de outubro, destinado a soluções inovadoras para o setor do Agronegócio. Neste ano, os vencedores da competição foram os alunos de pós-graduação em Engenharia de Materiais da UEPG Vinícius Luiz de Carvalho, Jean Hoepfner e o docente da instituição Luís Antônio Pinheiro.

Os participantes apresentaram um projeto voltado para logística reversa de embalagens de agrotóxicos. Segundo o pesquisador Hoepfner, “a maior dificuldade ao desenvolver uma proposta é visualizar a necessidade existente, tirar a pesquisa do papel e torná-la viável”, afirma.

Luís Antônio Pinheiro acredita que o grande diferencial está na interação da universidade com a sociedade. “Acho que ambos precisam caminhar juntos. No Brasil ocorre uma certa separação, mas em países desenvolvidos as duas áreas são próximas e experiências desse tipo fazem com que haja melhores resultados”, reitera o docente da UEPG.

Texto: Vanessa Hrenechen     Foto: Aline Jasper e Vanessa Hrenechen


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