UEPG inicia atendimento em ambulatório de tratamento ao tabagismo no Hospital Universitário

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A luta contra o tabagismo tem como aliada a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e seu Hospital Universitário (HU). A partir desta terça-feira (07), a instituição passa a atender pacientes no novo Ambulatório de Tratamento ao Tabagismo, em espaço do HU. A iniciativa parte do projeto ‘Educando e Tratando o Tabagismo’, do Departamento de Enfermagem e Saúde Pública, em parceria com o Hospital. Os atendimentos acontecem semanalmente e são abertos para comunidade interna e externa que deseja parar de fumar.

O projeto existe há 12 anos na UEPG, liderado pelo professor Erildo Vicente Müller, e já atendeu mais de 1500 pessoas. Com sessões de quatro semanas, o projeto registra sucesso de 35% de pacientes que se livraram do vício do cigarro. “É um índice que consideramos alto, maior do que outros programas que conhecemos”, destaca o professor. A forma de atendimento, reconhecida pelo Ministério da Saúde Instituto Nacional do Câncer (Inca), trabalha com o método cognitivo comportamental com os pacientes. “Ele vai trabalhar as dependências psicológicas e por associação, áreas que o tratamento medicamentoso não atua. É um método que possui comprovações de que traz bons resultados e um índice de sucesso bem maior”.

O trabalho envolve profissionais da saúde, professores e alunos do Setor de Ciências Biológicas e da Saúde da UEPG. “Nosso objetivo é que os alunos aprendam a trabalhar em conjunto com outros profissionais e com pacientes, para que quando eles se formarem, implantem nos locais onde eles vão trabalhar, esse é o objetivo”, explica Müller. A professora Elaine Antunes Rinaldi, membro do projeto, frisa que os alunos passam por orientações antes, durante e depois dos atendimentos com pacientes. “Assim, eles podem dar continuidade ao processo, podem aprender e ficam preparados com o que eles podem se deparar ao longo do processo”.

As sessões envolvem cartilhas, com orientações sobre sintomas; exercícios de relaxamento para trabalhar a ansiedade; e benefícios com o parar de fumar. O paciente também faz triagem, como controle de peso e pressão, e preenchimento do prontuário. Na segunda e quarta sessões, os pacientes ainda passam por avaliação médica e, se precisarem, terão tratamento medicamentoso gratuito. Depois das 4 sessões, os pacientes retornam para sessões de manutenção do tratamento. “Todos que chegam aqui vêm com dúvida, assim como acontece com qualquer decisão importante e com o tabagismo é a mesma coisa”, explica Erildo sobre o ato de decisão em parar de fumar.

Para o professor, o importante é que as razões para parar de fumar sejam maiores do que aquelas que apontam para continuar com o vício. “Se a pessoa vem aqui e não tem certeza se quer parar de fumar, a gente aconselha que procure tratamento posteriormente, porque não é um milagre, é uma proposta do tratamento que depende muito do que o paciente decidir”, pontua.

O início das atividades no HU também significam o retorno ao trabalho presencial do projeto, que pisou no freio com a chegada da pandemia. “Pra gente, é o processo inverso. Agora estamos em fase de adaptação às atividades presenciais e, de início, gera anseios, mas de forma geral temos uma boa expectativa e é ótima uma satisfação retornar”, ressalta Elaine. A forma de atendimento presencial mostra resultados mais positivos no tratamento. “No projeto, o envolvimento com as pessoas é fundamental para que a gente consiga esse sucesso”, completa a professora.

O atendimento é aberto a todos interessados em parar de fumar. Para participar das sessões, é necessário ligar para o Departamento de Enfermagem e Saúde Pública, pelo telefone  (42) 3220-3735. A equipe entrará em contato para agendar horário nas sessões.

Texto e foto: Jéssica Natal


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