Uma história de entrega ao serviço público e a UEPG: Conheça a técnica Elizabete Munhoz

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Ao relembrar do início da sua trajetória desafiadora, mas também encorajadora, Elizabete Munhoz, hoje com 58 anos, se emociona ao pensar naquela menina prestes a fazer 15 anos e que já entrava no mercado de trabalho, a convite do pai. 

“Eu comecei muito cedo no mercado de trabalho, na véspera de completar 15 anos, meu pai, já falecido, falou para mim que não tinha dinheiro para me dar um presente, mas o que ele podia me dar seria para a vida toda. Foi então que ele me deu o primeiro emprego, numa numa madeireira que ele trabalhava. Com isso, aprendi valores importantes para a vida inteira”, rememora.

Após um período de trabalho em uma madeireira de sua cidade, Cândido de Abreu, a jovem Elizabete projetava em outros lugares um futuro promissor para sua trajetória de trabalho. Foi quando em 1991, após treze anos em outras atividades, Elizabete prestou um concurso para a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

“Um belo dia veio a oportunidade de fazer um concurso na UEPG. Sem muita esperança, prestei o concurso, pois foi um dos maiores concursos que tiveram na época. Com muito entusiasmo, vi que tinha conseguido entrar como Serviço Geral na universidade. Logo, já comecei a atuar como celetista e depois passei a estatutária”, recorda Munhoz.

Com o tempo, Elizabete sentiu a necessidade de se aprimorar e ampliar seu conhecimento para ser técnica de laboratório do Departamento de Farmácia. “Quando ingressei na Universidade, fui logo estudar, porque estudando conseguiria um salário melhor na carreira e teria mais oportunidades dentro da instituição. Então, logo no começo, do meu caminho na UEPG passei a atuar como técnica de laboratório do curso de Farmácia”, pontua. 

Dentre as suas atribuições como técnica de laboratório, estava a função de preparar o laboratório para as aulas práticas, organizar os documentos usados em aula, separar e limpar os equipamentos, preparar os químicos utilizados pelos professores e outras atividades. Mas além destes trabalhos, Elizabete também desempenhava um papel de amiga e conselheira para os estudantes. “Eles me tinham como “mãezona”, me apeguei a muitos deles e mantenho contato até hoje com alguns”, salienta.

Sobre a relevância de Elizabete para a instituição e para o curso de Farmácia, a chefe do Departamento de Ciências Farmacêuticas, Patrícia Mathias Boscardin, destaca. “A Elizabete desenvolveu seu trabalho junto ao Departamento de Ciências Farmacêuticas com competência e profissionalismo. Além de ser uma técnica pró-ativa e comprometida com as suas funções, sempre foi uma pessoa prestativa e acolhedora, auxiliando muitos alunos de graduação e pós-graduação”, pontua.

Do momento em que entrou na universidade até hoje, passaram-se 30 anos de serviços prestados à UEPG e especialmente ao curso de Farmácia. Elizabete Munhoz agora prepara-se para se aposentar. “Eu vivi grande parte da minha vida em função da Universidade. Agora é hora de deixar o lugar para alguém mais novo e viver mais com a minha família e os meus netos. Aos meus colegas, desejo que todos tenham um futuro bom, que entendam que possuem uma missão nobre, que é o serviço público”, completa. 

Elizabete Munhoz ressalta que, em 43 anos de trabalho, uma das principais riquezas que adquiriu foi as amizades que o serviço público possibilitou. Para a servidora, todos amigos que fez durante a carreira “são para levar pelo resto da vida”. Além disso, a técnica também afirma que ter trabalhado numa instituição como a UEPG foi gratificante.

“A Universidade foi muito importante para mim em todos os sentidos. Nada era fácil quando entrei no mercado de trabalho, a situação financeira era complicada, mas veio um concurso para técnica de laboratório e eu consegui entrar na UEPG, o que era um grande desejo meu. Hoje, vejo que fui muito feliz na Universidade”, expressa Elizabete.

 

Texto: Julio César Prado        Fotos: Fabio Ansolin


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