Campo Experimental possibilita pesquisas geotécnicas na UEPG

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O curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) conta com o Campo Experimental de Estudos Geotécnicos (CEEG-PG). O espaço, localizado próximo ao Observatório Astronômico no Campus Uvaranas, tem uma área de mais de 10 mil metros quadrados e é um dos poucos do gênero no Brasil.

O professor Carlos Emmanuel Ribeiro Lautenschläger, um dos responsáveis pelo CEEG-PG, destaca que o espaço será importante para o desenvolvimento de pesquisas que aliam o campo e o laboratório. “A implantação do campo parte de uma iniciativa de trazer para Ponta Grossa uma maior inserção no contexto geotécnico da região sul do Brasil. Temos poucos campos experimentais no Brasil em funcionamento, e muito menos desta extensão”, salienta.

“Primeiro, estamos fazendo um reconhecimento da área, fazendo ensaios de investigação para conhecer o tipo de solo que temos aqui”, conta a professora Bianca Penteado, que também é responsável pelo campo. “A maioria dos métodos que a gente dimensiona são desenvolvidos em outras cidades, então o objetivo é tentar entender como isso funciona num solo bem característico de Ponta Grossa. A ideia é que o campo seja utilizado para diversos trabalhos, de conclusão de curso e pós-graduações”, explica. A professora complementa ainda que já existem trabalhos concluídos e em desenvolvimento, inclusive a partir de uma parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Além da possibilidade de desenvolver pesquisas em campo, há ainda um ganho na formação dos alunos de Engenharia Civil. Segundo a professora Bianca, levar os alunos para acompanhar estudos de fundações, sondagens e outras atividades no campo é mais produtivo e mais tranquilo do que acompanhar em uma obra, onde o prazo é estreito e são diversos profissionais que circulam pelo espaço.

“Tudo que a gente vê em sala de aula acontece aqui, como os testes de dimensionamento e ensaios”, comemora o acadêmico de Engenharia Civil Rafael Anibele. Ele observa ainda que o espaço aproxima a prática da teoria, permitindo um acompanhamento mais próximo das atividades que aconteceriam nas obras.

Como conta o professor Carlos Emmanuel, as amostras de solo coletadas no campo são registradas e levadas para o Laboratório de Mecânica dos Solos e Rochas, onde são caracterizadas e analisadas. “Os dados são utilizados não só para complementar a prática de engenharia, mas também para fazer pesquisa na Universidade”. Ele destaca ainda a importância das parcerias com empresas, que vão realizar testes e ensaios mais sofisticados no Campo Experimental.

O engenheiro civil Samuel Ricardo Gaioski faz parte de uma dessas parcerias, e aponta que são importantes para melhorar a qualidade dos serviços prestados. “A gente busca fazer essa parceria com as universidades para melhorar nosso trabalho e aprimorar a parte tecnológica”, diz. Da mesma forma, Luiz Henrique Felipe Olavo, que é colaborador de uma empresa que faz a instrumentação dinâmica de estacas, conta que os ensaios desenvolvidos no campo permitem aprimorar a qualidade dos parâmetros obtidos em ensaios.

Texto e fotos:  Aline Jasper


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