Agipi-UEPG comemora 14 anos e entrega doze patentes a pesquisadores

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A Agência de Inovação e Propriedade Intelectual da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Agipi-UEPG) comemorou nesta segunda-feira (20) seu aniversário de 14 anos e entregou doze cartas de patentes a pesquisadores.

O diretor da Agipi, Miguel Arcanjo Freitas Junior, comemorou a presença de todos e agradeceu aos diretores anteriores da agência. “A UEPG é uma Universidade jovem e com esse aniversário, a Agipi chega em sua adolescência. Naturalmente, nós queremos crescer muito, mas essa é uma fase importante no nosso desenvolvimento”, pensa o diretor.

Em 2008, a Agipi foi criada com o objetivo de acompanhar e guiar o processo de defesa e concessão das patentes desenvolvidas na UEPG. “A patente é consequência da pesquisa e é uma necessidade, para protegermos algo que fizemos como pesquisadores”, explica Freitas Junior.

As patentes são emitidas em nome da UEPG e os pesquisadores são reconhecidos como “inventores”. Por 20 anos após a emissão, qualquer exploração financeira da patente acarretará em lucros para a Universidade e os pesquisadores.

“Os pesquisadores que conquistaram essas patentes nos dão muito orgulho, representam muito bem a UEPG, a ciência e a Universidade Pública como um todo”, pensa Freitas Júnior. Apesar das cartas-patente terem sido entregues aos pesquisadores, cópias foram enquadradas e decoram as paredes da Agipi. Freitas Junior acredita que as patentes vão encorajar novos pesquisadores. 

Longa caminhada

A busca pela patente pode ser um processo longo e moroso. Os professores André Vitor Chaves de Andrade, Sandra Regina Masetto Antunes e Christiane Philippini Ferreira Borges receberam patentes submetidas em 2004 e 2006. Desde então, os professores Augusto Celso Antunes e José Caetano Zurita da Silva, parte da equipe original, faleceram. “É muito emocionante, já que antes da Agipi quem cuidava dos trâmites da patente era o José Caetano”, lembra Borges.

“Eles nos deixaram um legado muito importante, porque essa é a luta deles. É muito tempo de luta. Mas hoje, a patente representa a trajetória do grupo de pesquisa, que já tem 25 anos”, considera Andrade. “Já temos mais duas patentes em trâmite. Isso também é uma conquista institucional, da UEPG, que nos dá essa estrutura e esse apoio para desenvolvermos o nosso trabalho”.

Muitas parcerias

A professora Alessandra Reis, ao coletar sua patente, frisou a parceria entre professores, acadêmicos e pesquisadores. “É um trabalho de muitas pessoas. A gente precisa desbravar caminhos desconhecidos. Fico muito feliz em ver todo esse trabalho chegar em uma carta-patente”, reflete.

“Eu só tenho a agradecer e parabenizar a Agipi por todo o trabalho”, comenta o professor Paulo Vitor Farago, pesquisador creditado como inventor em três das patentes entregues. O professor reconheceu a importância da interdisciplinaridade para o desenvolvimento da pesquisa. “Eu sou da área de Farmácia, mas foi na área da Odontologia que tivemos uma aplicabilidade dessas pesquisas”, detalha.

Várias patentes foram alcançadas através de parcerias com pesquisadores de outras instituições, como a Unicentro, a Universidade Federal do Paraná, a Universidade Federal de Santa Catarina e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná. “Uma das patentes em que eu participei do desenvolvimento se trata de um óleo essencial, que pudemos testar vários usos, de várias formas, graças às nossas parcerias”, destaca Farago.

Novos objetivos

Atualmente, a Agipi também desenvolve a Incubadora de Projetos Inovadores (InProTec), que auxilia empreendedores. Em razão desses novos serviços, a agência se realocou para uma nova sede, em frente à Biblioteca do Campus. No evento, a diretoria da Agipi também reconheceu o apoio financeiro do empresário José Carlos Mosko. “Através desse apoio que ele nos prestou, foi possível preparamos nossa nova sede para recebermos empreendedores”, dedicou Freitas Junior.

Texto: William Clarindo | Fotos: Julio César Prado


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