Profissão de físico: amor da ciência ao ensino

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Olhar amplo para a ciência e pensamento sistemático no trabalho. Esse é o aprendizado que João Frederico Haas Leandro Monteiro define como legado do curso de Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Formado em 2007, João hoje é professor colaborador e une a ciência e a educação na sua rotina de trabalho. Os cursos de Licenciatura e Bacharelado em Física estão entre os 39 disponíveis no Vestibular de Primavera da UEPG, que encerra as inscrições dia 29 de junho.

João sempre teve facilidade com matemática e física na escola. Por isso, a escolha pelo curso de Física foi natural. “Minha experiência na graduação foi bem desafiadora, tive que reaprender a estudar sistematicamente”, conta. A  curiosidade em entender o funcionamento das coisas foi sanada durante as aulas e o formou como profissional da educação. De acordo com a ementa do curso de licenciatura, um Físico educador pode lecionar no ensino médio e universitário; realizar pesquisas em ensino de física; elaborar novas metodologias e experimentos de ensino; elaborar softwares de ensino; prestar assessoria em museus, espaços de divulgação científica e ONG’s; atuar em vendas de equipamentos na área da física, treinamentos e assessorias; e utilizar princípios e métodos da física para criar e melhorar produtos, equipamentos ou sistemas de produção.

“Basicamente o curso de licenciatura tem o foco no físico educador, que é um físico com foco profissional no ensino da física. O campo profissional é trabalhar no ensino da física nos níveis fundamental e médio, na educação básica e também no ensino superior”, explica Silvio Rutz da Silva, vice-coordenador do curso de Licenciatura em Física. Além da possibilidade de trabalhar com o ensino, o físico pode também atuar como pesquisador na própria área do ensino de física, além dos cursos de física básica, experimental e teórica.

O curso tem três grandes grupos na sua formação. O primeiro deles engloba disciplinas de física, em que o aluno desenvolve aprendizado nas áreas da física, mecânica, eletromagnetismo, eletrodinâmica, física moderna e assim por diante. “O segundo grupo corresponde às disciplinas de formação pedagógica, que envolvem disciplinas nas áreas humanas e ciências da educação. O aluno vai aprender os fundamentos do exercício docente da física, como didática”, destaca Silvio. Já o terceiro grupo, que são as de disciplinas de articulação, fazem a ligação entre as disciplinas de conteúdo disciplinar e da área da formação docente. “Essas disciplinas de ensino em física vão trabalhar com o aluno sobre a transposição do conhecimento físico para o conhecimento didático”, finaliza o vice-coordenador.

Como professor colaborador, João atua basicamente em todo o processo de aprendizado, desde a física geral até as disciplinas mais especializadas. Ele continua trabalhando com pesquisa na área da física da matéria condensada, assunto que começou ainda na iniciação científica da graduação. “A física me deu um olhar mais amplo para a ciência em geral bem como um olhar crítico e pensamento sistemático de trabalho. Sempre levantando questionamentos e buscando respostas e/ou soluções para diversos problemas”, completa. O curso de Licenciatura em Física é oferecido no turno noturno, atendendo a aproximadamente 90% de acadêmicos trabalhadores, inclusive alguns que atuam como professores no ensino básico.

As provas do Vestibular de Primavera ocorrerão em 26 de agosto, com ingresso no ano letivo de 2021. A inscrições estão abertas no site da CPS.

Texto: Jéssica Natal | Foto: Aline Jasper

 


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