Nesta terça-feira (29), o evento de abertura do Novembro Negro aconteceu no Auditório Central da UEPG, com o Colóquio “Mais Igualdade – Minha Voz eu uso pra dizer o que se cala”, organizado pelos acadêmicos do 2º ano do curso de Serviço Social. O dia 20 de novembro marca a morte de Zumbi dos Palmares, importante líder negro do Quilombo dos Palmares e na data é comemorado o dia da Consciência Negra.
“Estamos abrindo o Novembro Negro e as discussões do mês sobre a temática. A preocupação é juntar os coletivos com os seus representantes, os alunos da instituição e dar voz às minorias. Enquanto estudante, eu acho importante ter essa oportunidade de realizar eventos oficiais dentro da universidade. É um processo de construção muito bacana porque aproxima a teoria da prática, enriquece a experiência e permite um aprimoramento profissional”, afirma o acadêmico e organizador do evento Márcio Soares de Agustinho.
O Novembro Negro é um espaço de discussão e debate em torno das questões étnico-raciais com o objetivo de construir uma sociedade mais igualitária e a superação de qualquer forma de preconceito e discriminação racial. Para o reitor Miguel Sanches Neto, “além do espaço de voz precisamos dar espaço de decisão, apoiando projetos que trabalham com as minorias e oportunidade para todos. A universidade deve ser um amplificador dessas vozes que muitas vezes ficam silenciadas. A democracia oportuniza que as pessoas falem e, mais do que isso, que elas também sejam ouvidas”, afirma.
Segundo a professora Cleide Lavoratti, a atividade integra a disciplina de Instrumentais Técnico-operativos e anualmente os alunos devem escolher temas importantes para o debate social. “O objetivo é discutir questões contemporâneas que o serviço social precisa enfrentar em sua pratica profissional. Para criar o evento, os alunos elegem o assunto, planejam, executam e avaliam os resultados, aprimorando habilidades importantes para a prática profissional. A proposta do Colóquio é fomentar a discussão sobre o racismo, preconceito e exclusão social que a população negra sofre. É necessário que os alunos de todas as áreas se engajem nessa temática”, finaliza.
Texto e fotos: Vanessa Hrenechen