UEPG promove práticas de saúde integrativas em evento para a comunidade

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O Ambulatório de Saúde Integrativa (ASI) da Universidade Estadual de Ponta Grossa coordenou as ações da Tenda de Práticas Integrativas e Complementares, dias 7 e 15 de setembro, no Parque Ambiental. Juntamente com o Hospital Universitário, o ASI realizou atendimentos em saúde para a população. Mais de mil pessoas, de diferentes faixas etárias, foram atendidas na atividade, que ocorreu em paralelo ao 10º Congresso de Educação de Ponta Grossa.

A ação aconteceu em parceria com projetos da Prefeitura de Ponta Grossa: Núcleo de Práticas Integrativas de Saúde (Nupics), Programa de Residência em Saúde Coletiva e Secretaria Municipal de Educação; além da Terceira Regional de Saúde do Paraná. O Ambulatório promoveu palestras e ofereceu atendimentos de auriculoterapia, yoga, práticas tradicionais de cuidado e terapia comunitária. A organização também contou com o apoio do Hospital Universitário da UEPG.

A diretora do ASI, Milene Zanoni, exalta a experiência de promover ações de saúde integrativa. “Foi uma experiência fantástica. O trabalho multiprofissional possibilita vários desdobramentos, desde o bem estar individual até repercussões na vida social”. Milene celebra o grande número de pessoas alcançadas pela ação, que conquistou um alto grau de satisfação por parte do público, segundo ela.

Na quinta-feira (13), o evento promoveu roda de conversa entre a comunidade e o psiquiatra Adalberto Barreto, professor da faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) e criador da Terapia Comunitária Integrativa. À tarde, o professor Adalberto e as equipes do ASI e do HU se reuniram com o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, e vice-reitor, Ivo Mottin Demiate, no gabinete da Reitoria.

A terapia comunitária consiste em um espaço onde os participantes dialogam sobre problemas pessoais e trocam experiências que auxiliam no seu enfrentamento. O ASI utiliza a metodologia desde sua criação, em 2021, e Hospital Universitário adotou a técnica para atender suas equipes. “A terapia comunitária é internacionalmente reconhecida como uma prática exitosa em cuidado de saúde mental. Ponta Grossa é referência nacional nessa forma de terapia graças à experiência que desenvolvemos no ASI e nos Hospitais da UEPG”, acrescenta Zanoni.

“A terapia comunitária se propõe a construir vínculos solidários utilizando recursos da cultura local”, explica o criador da técnica, professor Adalberto. “Há sofrimentos que são curados por meio do apoio e dos saberes das outras pessoas. A grande contribuição da prática é ensinar as pessoas a conviverem com as diferenças, um dos grandes desafios do período atual”. A prática foi desenvolvida por Barreto na UFC, nos anos 1980, é empregada em 46 países, e sua eficácia é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde.

Presidência da Abratecom

Milene Zanoni assumiu a presidência da Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa (Abratecom). Esta é a segunda vez que ela assume o cargo, em um mandato que se estende até 2025. O papel da Associação é promover ações relacionadas à prática e articular políticas públicas com o Estado e movimentos sociais.

“Assumir a presidência da Abratecom é estar à frente das principais decisões na área. É uma missão muito importante, pois estamos reconhecimento pelo nosso trabalho na luta por direitos humanos”, comenta Milene. Ela ressalta que o trabalho refletirá positivamente no ASI, pois trará parcerias, oportunidades de inovação e cursos de formação de terapeutas comunitários integrativos.

Texto e fotos: Gabriel Miguel

 

 

 


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