Pós em Engenharia e Ciência de Materiais da UEPG oferece oportunidades internacionais de atuação

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De Ponta Grossa para o mundo. É assim que os alunos formados pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Materiais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PPGECM-UEPG) são descritos – como profissionais capazes de atuação em qualquer lugar do globo. Com conhecimento aplicado à prática, os alunos têm um amplo campo de trabalho no cenário nacional e internacional. O Programa está com inscrições abertas para os cursos de mestrado e doutorado, com ingresso no primeiro semestre de 2022. As inscrições estão abertas até 04 de fevereiro.

Dentre os pós-graduandos que está atuando para além dos muros da Universidade está Fernanda Mariano Pereira, doutoranda do Programa. Fernanda estuda uma superliga de níquel, que é aplicada no setor aeroespacial e aeronáutico. A pesquisa produz manufatura aditivas, mais comumente conhecidas como impressão 3D. As peças são feitas em metal, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e analisadas na UEPG, em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). “O objetivo da pesquisa é estudar sobre segurança aeroespacial, por isso escolhemos essa liga, que pode trabalhar tanto em estruturas criogênicas, quanto temperaturas super altas”, explica Fernanda.

A pesquisa procura descobrir, por meio da manufatura aditiva, em quais componentes as peças de metal podem ser aplicadas, como foguetes ou aeronaves. “A gente quer estudar o quanto o metal vai suportar de temperatura e de carga ou se há variações na superfície ou no centro da amostra”, destaca. Fernanda é filha da UEPG. Antes do doutorado, fez graduação e mestrado na instituição. Tudo começou ainda no Ensino Médio, quando iniciou no Pibic Jr e conheceu a área de Engenharia de Materiais. Hoje, em meio ao projeto de doutorado e com planejamento de concluir os estudos em outro país, Fernanda se diz privilegiada. “Nossos professores têm parcerias com empresas, têm patentes e premiações. Sei de muitos colegas que foram orientados aqui e que estão muito bem posicionados na carreira”, conta.

Para quem estiver interessado em ingressar na pós-graduação, Fernanda enfatiza a inovação como característica do Programa. “É uma área de inovação, então, para quem gosta disso, aqui é um prato cheio. Temos um prédio novo que vai melhorar o nosso ambiente de trabalho, além da parceria com outros países e de grandes empresas e Universidades”, completa.

Conhecimento

Fratura criogênica de aço inoxidável. Crédito: Osvaldo M. Cintho

O professor Osvaldo Cintho, orientador de Fernanda e professor do Programa, destaca a importância da ciência de materiais para o mundo globalizado. “Todo produto lançado no mercado mundial depende de análises de materiais, gerando cada vez mais produtos de qualidade. Então isso faz com que trabalhemos na vanguarda da pesquisa cientifica e da prática”. As pesquisas do PPG são voltadas a aplicações industriais, petroquímicas, de gás, automobilísticas e aeroespaciais. Osvaldo explica a característica do Programa em formar profissionais capazes de trabalhar local e globalmente. “Muitos alunos foram pro exterior e até ficaram por lá. Em todos os anos nós tivemos alunos que foram para o exterior, como Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Japão e Suécia. Isso acontece porque o desenvolvimento cientifico é um desenvolvimento global”, pontua.

A Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Materiais foi a primeira da UEPG a ser reconhecido pela Capes, em 2001, um ano depois da criação do Programa. “Todo o desenvolvimento depende muito de estrutura e agora nós temos uma estrutura muito boa, como o C-Labmu, que tem uma filosofia de utilização única, com equipamentos fantásticos. Também temos parcerias externas, como  laboratórios, Universidades e empresas, pois a pesquisa de ponta não se faz localmente e deve ser compartilhada”, finaliza Osvaldo.

Poro em argamassa. Crédito: Elias Pereira, Marcelo Miranda e Eduardo Pereira

“O curso tem um perfil que busca o conhecimento aplicado. O aluno formado pelo Programa será um profissional capaz de desenvolver soluções para a sociedade no geral, como empresas e órgãos públicos”, explica o coordenador da Pós-Graduação, Benjamin de Melo Carvalho. De acordo com ele, as linhas de conhecimento são aplicadas com fundamento, sempre com o objetivo de desenvolver algo que tenha valor para a sociedade. “O aluno será um profissional capacitado, a partir dos fundamentos que aprende, a entregar soluções. Ele será capaz de trabalhar localmente, mas preparado para atuar em qualquer lugar do mundo, alinhando conhecimento com oportunidades para desenvolver e entregar soluções”.

Nem só de engenheiros de materiais o Programa é feito. A área da Engenharia Civil também pode ganhar com o conhecimento adquirido na Pós. Eduardo Pereira, professor formado em Engenharia Civil, se dedicou em estudar concretos, argamassas e estruturas de concreto e atualmente é professor do PPG. “Uma das características do Programa é que em seu corpo docente há professores com formações diversificadas, que têm suas pesquisas focadas em materiais”, conta. Para ele, esta característica abre a possibilidade de candidatos de outras formações participarem do processo de seleção. “Atualmente, estão entre meus orientados diversos engenheiros civis, que estão pesquisando materiais de construção e durabilidade, aderentes às linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação”.

Inscrições 

O Programa tem o Desenvolvimento e Caracterização de Materiais como área de concentração, com três linhas de pesquisa – Processamento de Materiais; Caracterização de Materiais; e Degradação e Meio Ambiente. No total, são 14 docentes habilitados para orientação. O processo de seleção será desenvolvido em duas etapas – análise de inscrição e prova escrita, seguida de entrevista – sendo que só farão a segunda etapa os aprovados na primeira. Documentos necessários para inscrição e demais informações sobre o processo seletivo estão presentes no link aqui.

Texto e fotos: Jéssica Natal


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