Conselho Universitário da UEPG aprova política de cotas para pós-graduação em educação

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O Conselho Universitário da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) aprovou na última quinta-feira (05), a política de ações afirmativas para inclusão e permanência de estudantes das populações pretas, pardas, indígenas, transsexuais e com deficiência, no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UEPG). A medida é válida para o mestrado e o doutorado ofertado pelo PPGE.

A professora da pós-graduação em Educação, Maria Isabel Nascimento, destaca a aprovação é a expressão do resultado de uma revolução silenciosa. “Uma luta histórica de diversos grupos na busca de combater as diferenças sociais e as estruturas desiguais que estão presentes em nosso país, desde o regime escravocrata”. Maria ressalta que a base da sociedade impede a presença expressiva de pretos, pardos, indígenas, pessoas trans e pessoas com deficiência nos espaços de todos os níveis de formação. “Principalmente na pós-graduação, de forma igualitária” expressa. 

Para Nascimento, é necessário estar em sintonia em corrigir as distorções impostas pela desigualdade social no país. “A partir do princípio da equidade, o programa de pós-graduação da UEPG em educação avança, pois democratiza o acesso à pós-graduação”, completa a docente.

O pró-reitor de Pesquisa da UEPG, Giovani Fávero, explica a política de cotas na pós-graduação da UEPG é regida por cada programa, levando em consideração as decisões de seus colegiados. O Pró-reitor detalha que na Pós, as cotas geralmente são reservadas ao candidato que se autodeclara negro ou indígena e devem levar em consideração indicadores socioeconômicos dos candidatos à vaga: estudante carente de rede privada de ensino superior beneficiário de bolsa de estudo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do Programa Universidade para Todos (Prouni) ou de qualquer outro tipo de incentivo oficial; estudante carente da rede pública de ensino superior, entendendo-se como tal aquele definido como tal de acordo com os indicadores socioeconômicos do candidato, e que tenha sido beneficiário de qualquer programa oficial de apoio a permanência no ensino superior.

Histórico da Comissão de Políticas de Inclusão

A docente Maria Isabel Nascimento coordenou a “Comissão de Políticas de Inclusão do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação”, juntamente com os professores: Érico Ribas Machado, Mary Ângela Teixeira Brandalise, Bettina Heerdt e o doutorando e representante discente Gregory Luis Rolim Rosa. Ao longo de um ano, a Comissão produziu estudos e realizou palestras para toda a comunidade acadêmica, possibilitando a compreensão e o engajamento com o tema.

Na medida em que os diálogos com a comunidade avançaram, a Comissão conseguiu apoio de pesquisadores importantes como os professores: Delton Aparecido Felipe (Universidade Estadual de Maringá), Katia Cristina Noroes (Universidade Federal do Espírito Santo), Debora Cristina Jefferey (Universidade Estadual de Campinas) e Anna Carolina Venturini (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), além da pró-reitora de Assuntos Estudantis da UEPG, Ione Jovino, e a coordenadora do PPGE Gisele Masson.

O PPGE é mais um dos programas da Universidade a incluir políticas de ações afirmativas nos seus processos de seleção. Além dele estão o PPG em Jornalismo e o PPG em Ensino de Física, que adotaram a política.

Apuração: Julio César Prado e William Clarindo              Texto: Julio César Prado   Foto: Luciane Navarro


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