Servidores exercem criatividade e criam poesia coletiva no HU-UEPG

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O quanto uma ideia pode mudar o dia dos seus colegas de trabalho? A atitude de Jonatas Kuchnir, da Seção de Gestão de Pessoas (SCGPE), deu um toque de criatividade para a rotina dos servidores do Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG). Ele chegou na manhã do dia 01 de fevereiro e deixou uma pasta na entrada da sua sala com a seguinte frase: “Esse espaço é para você deixar fluir tua criatividade e contribuir na construção de poemas coletivos dos servidores do HU-UEPG”.

Em uma única ação, Jonatas, que é auxiliar administrativo da SCGPE, incentivou seus colegas a trabalhar a mente pela arte. Em menos de um mês, 7 servidores – dentre médicos, auxiliares administrativos, fisioterapeutas e outros – contribuíram para o poema.

“A ideia surgiu em um momento que eu estava refletindo sobre o que é trabalhar aqui. Lidamos de forma burocrática e me pareceu que faltava um pouco de criatividade no nosso trabalho, por isso criei um espaço para que as pessoas pudessem produzir algo”, explica Jonatas, que ressalta a grande expectativa sobre o segundo poema que já começou a ser escrito.

Os colegas se empolgaram com o pedido de participação do Jonatas. A auxiliar administrativa, Aline Mendes, relata a relevância da expressão pela arte. “Em um ambiente de saúde, a parte de humanas é muito importante, porque nós trabalhamos com pessoas e a arte também tem relevância na nossa rotina”, conta.

Ao ver a participação de colegas, o técnico administrativo, Joanir Chaves Junior, não quis ficar de fora. No início, disse achar difícil achar palavras para rimar. “Alguém antes de mim colocou uma palavra matiz e eu fiquei pensando ‘o que rima com matizes?’, mas depois acabou fluindo”, brinca.

 

Confira o primeiro poema completo:

“Naquela singela manhã de segunda

o Sol aquecera meu corpo,

irradiando luz e esperança

de dias felizes.

E o azul do céu repleto de paz

me trouxe alegres recordações.

Seria para alguns coisa simples,

insignificantes,

mas que trazem matizes,

fortificam e nutrem minhas raízes

e assim, eu me jogo no mundo:

ora no passado, ora no presente,

caminho incansavelmente

no emaranhado de vãs diretrizes.

Mergulho profundo em meu inconsciente

E recordo que carrego na alma

também algumas cicatrizes,

lembranças que machucaram,

mas hoje me tornam mais forte.

E com sorte,

aquele mesmo Sol que me aquecera

agora se põe no horizonte,

consumido pela noite fria

e as lembranças de ontem

reverberam em mais um dia”

 

Texto e Fotos: Jéssica Natal

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