Acadêmicos de Enfermagem realizam palestra sobre atendimento hospitalar a pessoas LGBTQIA+

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Na última quinta-feira (31), profissionais do Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) receberam uma capacitação sobre atendimento hospitalar ao público LGBTQIA+.  A palestra foi organizada e ministrada por acadêmicos do curso de Enfermagem, que abordaram aspectos do atendimento, formas de combater violências e promover mais humanização.

A atividade faz parte da disciplina educação em saúde e a temática foi proposta pelos próprios estudantes, que receberam apoio do Núcleo de Educação Permanente do HU. “Abordamos os temas sobre pacientes LGBTQIA+ em ambientes públicos hospitalares, como a equipe multidisciplinar deve acolher esses pacientes, como agir ao chamá-los nas consultas e como humanizar os atendimentos, para que sintam-se acolhidos e estimulados a voltarem às consultas”, explica a acadêmica Eduarda de Almeida Milan. Para ela, trazer a temática para dentro do hospital faz com que profissionais da saúde saibam formas de abordagem com pacientes. “Tivemos o prazer em esclarecer essas questões, pois é um assunto muito delicado. Muitas pessoas têm receio em conversar e questionar sobre. Acredito que tenha sido bem esclarecedor para a maioria, ficamos muito felizes e com a sensação de dever cumprido”, ressalta.

O atendimento de qualidade não deve ficar restrito à cisheteronormatividade, segundo a acadêmica Jéssica Cardozo. O termo é usado para designar pessoas que são heterossexuais e se identificam com o gênero de nascença. A palestra, segundo ela, ajudou a desenvolver habilidades para a futura profissão.  “Na  enfermagem, é extremamente importante possuir uma boa desenvoltura. Por isso, a realização de palestras é uma maneira de aperfeiçoar o próprio conhecimento, promover a educação em saúde e treinar o exercício da profissão”, pontua.

“A experiência dentro do ambiente hospitalar foi melhor do que a gente esperava, por ser um tema ainda considerado tabu por muitas pessoas”, comemora Emerson Carneiro Souza Filho. Para ele, o atendimento a pessoas LGBTQIA+ deve ser tratado em todo ambiente de assistência em saúde, como hospitais, UBS e consultórios clínicos.  “A população LGBT é uma parcela importante para a nossa sociedade, então precisamos sempre respeitar muito, porque muitas vezes há micro violências que causam constrangimento. E é isso que nós profissionais da saúde devemos buscar: tratar a pessoa de forma humanizada, físico psico e socialmente”, completa. O grupo ainda fará uma palestra para o profissionais do Hospital Materno-Infantil, sobre o mesmo tema.

Texto e fotos: Jéssica Natal


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