Painel sobre Autismo promove conscientização e conhecimentos

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Compartilhar vivências, criar espaços e combater preconceitos. Este é o objetivo do “5º Painel sobre o Autismo no contexto universitário”, que aconteceu na última quinta-feira (25), no Centro Integrar do Campus Uvaranas, na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O evento foi realizado pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Ações Frente à Diversidade Educacional: um olhar para o TEA (Neade-TEA).

O Painel buscou aproximar os estudantes da Universidade sobre tema, por meio do diálogo com pessoas que estudam e convivem com o espectro autista. A diretora e Ações Afirmativas e Diversidade da Prae e organizadora da atividade, Silmara Carneiro e Silva, explica que os encontros são momentos para a partilha de conhecimentos científicos e também de experiências de vida. “Contribuímos para a formação de uma consciência mais ampla sobre as particularidades de vida a partir das diversidades. Os eventos proporcionam a rica experiência, de ampliação de nossa visão de mundo, nos tornando melhores e mais preparados para o respeito às diversidades e também nos formando para o exercício da cidadania”, comenta.

A realização de debates e rodas de conversa é parte da metodologia da Prae para promover a inclusão dentro a Universidade. A pró-reitora da Prae, professora Ione Jovino, explica que os eventos também são instrumentos para identificar alunos com deficiência e com necessidades específicas. “Quando identificamos os alunos com essas características, conseguimos entender suas necessidades e potencialidades e conseguimos criar um canal de diálogo com eles”, salienta a pró-reitora.

O evento iniciou com a apresentação da professora Gislaine do Rocio Rocha Simões, do curso de Direito, que abordou os direitos da pessoa autista. “A população ainda conhece muito pouco dos direitos das pessoas autistas e normalizam a falta de inclusão. A importância da minha fala é mostrar a evolução que as leis atingiram e usá-las como instrumento para buscar melhor qualidade de vida”, explica. Em sua apresentação, Gislaine abordou sua experiência como mãe de filhos autistas. “Compartilhar no ambiente universitário minha experiência como mãe atípica me torna um instrumento de conhecimento, mas também de amor”.

“Ao incorporar minha voz e experiência, como estudante autista, estou contribuindo para um campo mais diversificado e representativo na academia”, afirma a pesquisadora do Neade-TEA, Luah Kugler. Ela trouxe ao Painel sua experiência, enquanto pessoa autista, no ambiente universitário e apresentou o trabalho desenvolvido no Núcleo, em especial o mapeamento de pessoas autistas na Rede Básica de Ensino e nas universidades. “Ao realizar um mapeamento abrangente, o Neade-TEA levanta dados essenciais para a compreensão das necessidades e desafios enfrentados pela comunidade autista, que podem impactar o desenvolvimento de políticas educacionais”, celebra.

Texto e fotos: Gabriel Miguel

 

 

 


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