Mostra de Laboratório de Biologia une ciência ao lúdico na UEPG

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Ângelo estava curioso com tanta novidade. Aos seis anos, ele conheceu como a natureza funciona e influencia o ciclo da vida. O menino faz parte de uma das 600 pessoas que visitaram a 14ª Mostra de Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia, organizada por acadêmicos e professores de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O evento aconteceu nesta terça feira (18), no Centro de Convivências, onde cada acadêmico uniu a ciência ao lúdico para explicar um tema científico.

A mãe de Ângelo, Blenda Lourenço Cironak, sabe bem da importância da ciência para a humanidade. Acadêmica do último ano de Ciências Biológicas, ela viu na Mostra de Laboratório a possibilidade de apresentar um novo mundo para o filho. “É muito interessante ocupar esse espaço que a Universidade está oferecendo, para que ele possa ver uma possibilidade de curso no futuro, além de ter um uma motivação de estudar no colégio”, conta. Para Blenda, em uma feira de ciências, os assuntos ficam mais palpáveis. “Ele é um garoto muito curioso e o fato daqui usar do lúdico é muito interessante, porque gera muito mais curiosidade, trazendo uma brecha para conversa em casa depois”.

O evento é realizado anualmente e retorna após o período de pandemia, com o objetivo de promover a integração da Universidade com a comunidade, por meio de trabalhos voltados para o ensino de ciências e biologia. O professor Márcio Akio Ohira destaca que a iniciativa aproxima a comunidade da ciência com temas contemporâneos que foram pensados e organizados pelos alunos. “Temos muitos benefícios que conseguimos com essas aproximações com a comunidade em geral, por meio da extensão, com resultados fantásticos. Os estudantes ficam muito amimados, têm injeção de ânimo ao vir para cá e ainda pautamos as conversas posteriores dos visitantes”, conta.

Trazer temas que são comuns também é motivo para promover a experiência fora da sala de aula para os futuros educadores, segundo o professor. “Promover a Mostra de Laboratórios ainda é uma atividade interessante para a Licenciatura, pois envolve os alunos de todos os anos”, informa. Os alunos do primeiro e segundo ano ficam na parte da exposição e de pensar os temas, enquanto os do terceiro ano organizam as atividades. Veteranos do quarto ano participam das avaliações do conhecimento científico produzidos pelos colegas. “No fim das contas, o benefício é para os dois lados – a comunidade externa se beneficia da aproximação dos temas que a gente traz no evento, assim como toda a nossos acadêmicos se beneficiam na própria formação”, completa.

Organização

A Mostra foi dividida por temas, em que cada mesa trazia uma curiosidade científica – vida das abelhas, ciclo da água, importância das vacinas, fauna e flora paranaense e animais do período pré-histórico, com extensão para a exposição no Museu de Ciências Naturais da UEPG. Para apresentar os temas para a Mostra, os estudantes precisavam pesquisar e apresentar um resumo científico, que foi submetido a uma comissão de alunos e professores do curso. “Cada grupo fez a própria pesquisa com o apoio do orientador, assim garantimos a cientificidade das informações passadas aos visitantes”, explica Lucas Martins de Lima, aluno membro da comissão científica do evento.

Promover informações que sejam interessantes para a comunidade trazem promoção do conhecimento. “As crianças têm acesso a mídias que nem sempre são verdadeiras ou corretas e a desinformação acaba acontecendo. Com um evento como esse, a gente acaba transmitindo uma informação mais verossímil, mais verdadeira, garantindo um melhor aprendizado”, salienta.

A caloura Ticiane Carneiro conta que trabalhou para transferir o máximo de aprendizado para os visitantes. “São muitas crianças de todas as idades e temos que fazer a interpretação dos temas para cada uma delas, então está sendo muito legal, um baita aprendizado”. A futura professora de ciências não deixa de destacar a importância da experiência para a formação profissional. “Cada idade tem uma característica. Os pequenos, por exemplo, são muito mais táteis, olfativos, e os adultos querem mostrar que eles conhecem, querem compartilhar o conhecimento e ficam mais ouvintes, então eu acho que a gente plantou uma sementinha aqui”, finaliza.

Texto e fotos: Jéssica Natal

 


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