Médicos de Rua: alunos da UEPG participam de ação em Casa de Acolhimento

Compartilhe

Em contato direto com os que mais precisam. Na quinta-feira (22), a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) realizou uma de suas essências: sair dos muros e atender a comunidade. A atividade aconteceu por meio dos estudantes dos cursos de Medicina e Farmácia, que atuam no Projeto Médicos de Rua. À noite, na Casa de Acolhimento Municipal, pessoas em situação de rua receberam atenção.

As ações envolveram consultas em saúde, exame físicos, prescrição de medicamentos e demais orientações e encaminhamentos necessários. Também participaram da ação de quinta-feira os acadêmicos dos cursos de engenharias da UEPG, representando a Atlética Los Bravos, com entrega de 200 peças de roupas arrecadadas.

“É sempre muito gratificante prestar esse atendimento”, afirma a professora do Departamento de Medicina e coordenadora do Projeto na UEPG, Ana Paula Ditzel. O trabalho rendeu resultados, segundo ela. “Um paciente foi avaliado por nossa equipe e foi constatada a necessidade de atendimento de emergência, [em seguida] ele foi transportado para a UPA. Outros pacientes receberam prescrição de medicamentos”, conta.

O Projeto Médicos de Rua acontece em Ponta Grossa desde 2019, com estudantes e professores que atuam de forma voluntária, e é ligado à ONG Médicos do Mundo, que atua em vários países. Atualmente, participam acadêmicos e profissionais de Enfermagem, Odontologia, Farmácia, Análises Clínicas, Psicologia, Direito e Serviço Social. “O objetivo do Projeto também é proporcionado pelo envolvimento da comunidade universitária: despertar nos jovens a percepção de que todos podemos contribuir e doar parte do seu tempo e de seu conhecimento”, enfatiza Ana.

A ação foi realizada de forma reduzida, com 11 alunos: nove do curso de Medicina e dois do curso de Farmácia. Cassiano Ianke, aluno do sexto ano de Medicina, conta que as atividades do projeto Médicos de Rua são extremamente valiosas, pelo fato de proporcionar o encontro com quem precisa. “Sairmos dos muros da Universidade e Hospital e termos contato com a população mais sofrida é extremamente enriquecedor, tanto para a nossa formação acadêmica quanto para a de seres humanos”.

Para Cassiano, o contato com a sociedade é importante na mesma medida da pesquisa e produção científica. “Essa aproximação faz parte da nossa obrigação como instituição pública. A formação superior precisa da ciência e da inovação, mas o sentir, o conversar, o olhar diretamente para esta população, muitas vezes negligenciada por nós mesmos, equivale a dezenas de aulas. É sem dúvida uma experiência transformadora”, completa.

A UEPG é a principal parceira do Projeto Médicos de Rua em  Ponta Grossa, como destaca a professora Ana. “Colaboramos com acadêmicos e professores de diversos cursos, com o laboratório para realização de exames dos pacientes e usamos o auditório para realização dos treinamentos”. Ainda há egressos dos cursos da UEPG, que conheceram o Projeto enquanto acadêmicos, e que atualmente estão participando como profissionais. “Percebemos, alegremente, que estamos cumprindo ambos os objetivos”, completa.

Texto: Jéssica Natal | Fotos: Maurício Bollete


Compartilhe

 

Skip to content