Professor da UEPG apresenta projeto de maquetes para comemorar 200 anos de Ponta Grossa

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Do antigo prédio da Adriática, passando pela Estação Paraná, com parada na Catedral Santana. O trajeto que Mario Cezar Lopes fez pode ser comum a quem costuma andar a pé pela cidade – a diferença é que o professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) trilha o caminho de cima, com construção de maquetes. A paixão pela arte, que já soma mais de 30 anos, foi apresentada na tarde desta quarta-feira (17), em reunião no gabinete da prefeita Elizabeth Schmidt. O objetivo do encontro foi propor a produção das peças para comemorar o aniversário de 200 anos de Ponta Grossa.

As produções do professor buscam retratar o desenvolvimento da cidade ao longo dos anos, mostrando locais icônicos da cidade no início da sua construção. “Já estou fazendo o prédio da Adriática, uma construção da década de 20 de uma empresa que teve influência econômica muito grande para a cidade, e depois pretendo fazer sobre a Catedral e Ponto Azul”, informa Mario. Tudo começou como um hobby para o professor do Departamento de Geociências da UEPG. Era 1990 e lá estava a maquete da Furna 1, do Parque Vila Velha, montada como réplica do ponto turístico. “Desde essa época, nunca mais larguei este hábito”, explica. A primeira maquete hoje está guardada na Fundação Municipal de Turismo.

“Essas maquetes são, além de magníficas, extremamente interessantes, porque permitem uma noção muito realista da realidade de nosso cotidiano, tendo como foco prédios que são marcos de nossa história. Essa é mais uma parceria de sucesso entre a Prefeitura e a UEPG”, comemora a prefeita de Ponta Grossa, professora Elizabeth Schmidt.

Processo criativo 

As maquetes são construídas de acordo com os registros históricos, principalmente fotografias. “Com base na quantidade de fotos disponíveis da época, faço um estudo para procurar representar aquela obra naquele período. A maquete da Estação Paraná, apresentada durante a reunião, remonta os tempos da década de 40, quando as ferrovias e cavalos ainda eram a principal forma de locomoção. Atualmente denominada Estação Arte, o local ainda guarda algumas janelas, vigas e a Maria Fumaça, do mesmo período. “Sempre busco representar elementos representativos daquele tempo nas maquetes e muitas vezes precisamos fabricar do zero todos os elementos”, informa Mario. Dentre as produções de seu portfólio, estão o relevo do Paraná, Brasil e América do Sul, a bacia do Rio Tibagi, Ginásio de Esportes Oscar Pereira e maquetes de prédios, feitos para a iniciativa privada.

A paisagem da Estação Paraná foi toda construída na escala de 1 para 100.  “A parte mais difícil de construir uma peça histórica é fazer o envelhecimento dela, porque precisamos mostrar o efeito natural de desgaste do tempo, então leva um tempo de dois a três meses para fazer tudo”.  Para expor as peças em setembro, o professor conta com a ajuda do irmão João Edilson Lopes, para entregar as peças planejadas. A expectativa, segundo o professor da UEPG, é entregar entre seis e dez maquetes.

Estiveram presentes na reunião o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto; o professor do Departamento de Geociências, Mario Cezar Lopes; o servidor público e irmão do professor Mario, João Edilson Lopes; a prefeita de Ponta Grossa, professora Elizabeth Schmidt; e o chefe de gabinete, Edgar Hampf.

Texto e fotos: Jéssica Natal


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