Professor da UEPG participa de publicação de livro com a Embrapa

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O professor do departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Orcial Ceolin Bortolotto, foi um dos coautores do capítulo “Manejo de Pragas com Artrópodes”, publicado no livro “Bioinsumos na Cultura da Soja”. O livro foi lançado no 9º Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja 2022, realizado em maio em Foz do Iguaçu, e é publicado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Soja), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 

O professor Orcial atua na pesquisa em manejo integrado de pragas de grandes culturas e também é coordenador agrícola da Fazenda Escola Capão da Onça (FESCON – UEPG). O convite, segundo o professor, partiu de um membro do comitê editorial e também pesquisador da Embrapa Soja, com quem o professor da UEPG já produziu algumas publicações.  “Realizei um pós-doutorado na Embrapa Soja, onde consolidamos a parceria”, explica. Com o convite aceito, o professor Orcial teve carta branca para selecionar sua equipe. Para isso convidou colegas da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq USP). “Então a equipe já foi selecionada de acordo com a afinidade, experiência e a linha de trabalho de cada um de nós”, explica. Junto com o professor Orcial, compõem a equipe os pesquisadores  Adriano Thibes Hoshino; Juliano de Bastos Pazini; Geovanny Barroso e Fernando Teruhiko Hata.

O livro sobre bioinsumos na soja tem o intuito de fazer uma atualização sobre resultados de pesquisa e tem como alvo principal estudantes, produtores e agrônomos. Segundo o professor, a temática abordada pela obra é uma área de grande crescente nacional e mundial. “O meu capítulo é sobre o uso de artrópodes predadores no manejo de pragas, ou seja, insetos e ácaros que se alimentam de outros insetos: as pragas”, explica o professor. “Então a gente fez uma abordagem no capítulo sobre Estratégias de Manejo Ambiental, que vão auxiliar na preservação desses artrópodes predadores no campo, que vão estar combatendo as pragas. E também a gente entrou um pouco numa questão comercial, que é muito escassa hoje ainda no Brasil, desses artrópodes, e formas de liberação deles no campo”, relata. 

Para desenvolver o trabalho, os autores utilizaram dados de pesquisas já realizadas por eles, além de outros estudos e dados, inclusive da literatura internacional, já que ainda são escassas pesquisas do gênero no Brasil. Sobre as atividades de pesquisa, o professor Orcial relata que foram feitos levantamentos da quantificação de predadores associados a plantas de cobertura e adubos verdes, de forma a usar esses adubos como atrativos de predadores que possam auxiliar no controle de pragas. “Além disso, a manutenção de áreas de refúgio (plantas daninhas e fragmento de mata nativa) também auxiliam na preservação dos predadores. Para isso, fazíamos avaliações com armadilhas de captura, uso de rede de varredura (rede para capturar insetos) e observação visual. No caso de ácaros predadores também. Mas os ácaros já têm exemplos para comercialização na agricultura. Com liberação no campo via drone ou manual (a granel). No entanto, na soja ainda não há registro para liberação”, relata o pesquisador. 

Com a publicação do livro, o professor Orcial afirma ficar muito lisonjeado em participar da composição da obra. “Esse é um dos temas mais discutidos hoje, não só no Brasil, mas no mundo. (…) a gente fica bastante honrado de poder estar levando junto o nome da UEPG, participando dessa obra de referência, junto com outros autores e pesquisadores renomados e referências nas suas áreas, então pra mim foi algo bastante valoroso”. O professor afirma sentir-se feliz em poder contribuir para a  área, de forma a visar um processo de sustentabilidade associada com rentabilidade, e aliando altos tetos produtivos de uma forma cada vez mais racional e que respeita e preserva o meio ambiente. “Alegria não apenas por estar fazendo parte da obra, mas principalmente por estar aí de fato trazendo informações que venham a contribuir com a nossa agricultura”, finaliza.

Texto e foto: Cristina Gresele

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