UEPG traz Guta Stresser, Adriano Petermann e Gilvan Balbino para compor o júri do Fenata

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa vai contar com nomes renomados do teatro para compor o júri da Mostra de Teatro – 50º Festival Nacional de Teatro (Fenata). Os espetáculos selecionados serão avaliados por Guta Stresser, Adriano Petermann e Gilvan Balbino, todos com uma longa e consolidada carreira nas artes cênicas, que converge com a própria história do festival. Conheça um pouco dessas feras e como será a avaliação das peças em cartaz.

Guta Stresser, jurada

A atriz e escritora curitibana Maria Augusta Labatut Stresser, mais conhecida como Guta Stresser, começou a carreira artística no teatro aos 13 anos de idade. Na TV, marcou época como Bebel (Maria Isabel) no seriado “A Grande Família”. Ainda na TV, participou da série Mister Brau. Como escritora, lançou seu 1º livro “Meu Pequeno Coxa-Branca” em 2010. Além da televisão, atua no teatro e no cinema. Dentre as peças realizadas estão “O Casamento”, de Nelson Rodrigues, com direção de Antônio Abujamra e João Fonseca e “Mais Perto”, de Patrick, com direção de Hector Babenco.

Para Guta, que acaba de completar 50 anos, participar dessa edição histórica do Fenata é motivo de honra e felicidade. “É um privilégio por ser um evento de extrema importância no calendário dos grandes festivais de teatro no Brasil. Espero encontrar e me surpreender com a uma qualidade de elenco, produção e dramaturgia”.

Para a jurada, festivais como o Fenata trazem um grande recorte do que acontece em termos de teatro e da cena cultural em todo país. “Então espero ver diferentes pessoas, diversos sotaques e propostas de linguagem diferenciadas. Estou com uma expectativa bem alta da qualidade dos espetáculos”. Com seu olhar atento, Guta vai acompanhar 17 peças selecionadas para a mostra competitiva. “Estarei principalmente com a alma e o espírito disponível para receber a arte dessas companhias que vão se apresentar”, completa.

 

Adriano Petermann, jurado

“Espero nesse quinquagésimo Fenata encontrar diversidade de linguagens, atrizes e atores com ‘sangue nos olhos’ defendendo suas histórias e criações. Quero olhar e tentar enxergar um painel do teatro que está sendo feito hoje e que não cabe na internet. Viva os Festivais, viva o Fenata e viva Ponta Grossa! Que o teatro nos Salve da mediocridade”, afirma o jurado Adriano Petermann.

Ator, diretor, produtor teatral e professor de teatro curitibano, Petermann atua há mais de 20 anos na carreira artística. Integrou o elenco das novelas Além da Ilusão e Pantanal. Esteve na série de TV Orgulho e Paixão (2018).  No cinema, participou de ‘Sonhos Tropicais’ (2001). No teatro atuou, dentre outros destaques, em ‘Ilíada de Homero – Canto 17’ com direção de Octavio Camargo, ‘A Anta de Copacabana’ de Rafael Camargo e ‘Meu caro vizinho’ (2013) de dramaturgia do canadense Thomas Morgan Jones e direção de Zé Alex.

Petermann conta que começou a fazer teatro no início da década de 1990, em um grupo de teatro amador, participando da geração de grupos e festivais que tradicionalmente fomentava o teatro no Paraná e no resto do Brasil. “Não havia internet. Era o jeito de a gente do teatro se encontrar e trocar ideias e pesquisas, fazendo um painel daquele momento da nossa história, da nossa arte para desenvolver e evoluir, e o Fenata já era um Festival importante que eu sonhava em participar”.

Foi só em 2006, com a Cia. Enviezada (RJ), que ele conseguiu participar como ator, com o Espetáculo ‘O Sonho’, de August Strindberg. “Ganhamos alguns prêmios, um deles de Melhor Atriz Coadjuvante que foi pra Stella Mariss que hoje é mãe de minhas filhas e minha sócia numa outra Companhia de Teatro. Em 2016, fiz A Anta de Copacabana, mas aí como convidado”, lembra. Atualmente Adriano está no ar como o personagem Berimbau, na novela ‘Cara e Coragem’ na Rede Globo. Também participa de ‘Cilada’, série de humor com Bruno Mazeo, no Multishow. Em novembro, estará em turnê por cidades do Paraná com o espetáculo ‘Bernard Só’ da Cia Curitibana Portátil de Teatro.

 

Gilvan Balbino, curador e jurado

“O que o público pode esperar são trabalhos potentes, com fazedores de teatro extremamente compromissados com suas funções artísticas tanto os atores, atrizes como os que compõem a ficha técnica dos espetáculos: diretores, iluminadores, sonoplastas, cenógrafos, figurinistas e todas as outras funções que o teatro agrega pra que a peça seja um espetáculo que comungue com a plateia tão diversa como as peças selecionadas”, ressalta Gilvan Balbino, curador e jurado.

Balbino é um dos responsáveis por criar e consolidar a Mostra de Rua do Fenata. O diretor, ator e dramaturgo do Grupo Teatral de 4 No Ato (RJ) estreou, em 2003, a categoria Teatro de Rua com a peça ‘A Farsa do Bumba-meu-boi’. “Ficamos tão apaixonados pelo festival que no ano seguinte voltamos e criamos a Mostra Especial, junto com o Cláudio Jorge Guimarães, na época coordenador do evento. A categoria existe até hoje, levando peças, contação de histórias, espetáculos de circos e outras manifestações artísticas para muitos lugares da cidade, no centro e na periferia, presídios, asilos, creches e escolas, democratizando o acesso a toda a população e os convidando a vivenciar o teatro.

Gilvan participou de diversas edições do festival como curador, jurado, oficineiro, ator, diretor e contrarregra. “Espero ter contribuído com o Fenata tanto quanto ele contribuiu e contribui para minha formação artística e pessoal”. Nascido em Palmares (PE), atualmente ministra oficinas nas áreas de Teatro de Rua, Dramaturgia e Expressão Corporal, em vários festivais e escolas de teatro do Brasil e Exterior. Ao longo da carreira, desenvolveu textos, fez direção e interpretação em espetáculos de diversas companhias brasileira.

“Como jurado, pretendo potencializar as qualidades artísticas de cada grupo, incentivando-os para que busquem através de estudos e pesquisas aprimorar as artes cênicas que, como qualquer outra profissão, é preciso investimento, tempo e dedicação para amadurecer e dialogar diretamente com o público, fazendo-o, não apenas se emocionar (rir/chorar), mas, sobretudo, refletir sobre o estar vivo e como a arte é primordial para a nossa vida”.

Texto: Sandrah Souza Guimarães  Fotos: Acervo pessoal


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