A UEPG que Bianca e Josué viram crescer: vida e amor compartilhados pela Universidade

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Da janela de casa, Josué e Bianca olham o progresso. Afinal, não é todo dia que se tem uma Universidade como quintal de casa. Josué Linhares e Bianca Linhares Teleska são testemunhas oculares da construção do Campus Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ao mesmo tempo em que assistiram à história sendo escrita, eles são agentes participantes do seu crescimento. Ambos moraram na UEPG e atuam como servidores – ele no cuidado do patrimônio e segurança, ela como secretária.

A UEPG conta com os Linhares há 35 anos. A família morou na casa onde hoje é o módulo policial, na entrada da Universidade. Atualmente, Josué é diretor do Setor de Conservação, Segurança e Apoio da Prefeitura do Campus. Em alguns minutos parado no portal do Campus Uvaranas, dá para ver o carinho de quem já está há tanto tempo na instituição: a cada carro que entra, um aceno reconhece o sempre presente vigilante. “Hoje, eu estou fazendo o plantão de tático”, explica, enquanto estaciona a viatura da UEPG ao lado do portal. Mesmo na chefia, ele mantém as “mãos na massa”.

Dentre suas responsabilidades dentro da instituição, uma função inesperada se tornou uma das mais desafiadoras e prazerosas – ser pai e ver a sua filha Bianca Linhares crescer na Universidade. A filha tem a UEPG como sua família, afinal, além de morar nela, também estudou no Centro de Atenção Integral a Criança e ao Adolescente (Caic). “A gente brincava muito, corria por tudo, colhia abacate daquela árvore logo ali”, conta. O pai complementa: “A gente tinha os cavalos da vigilância, e ela adorava brincar por ali”. Foi uma infância feliz.

Josué, um homem que tem por ofício proteger e conservar a Universidade, confessa que hoje está preocupado, já que não é fácil garantir plenamente a segurança da filha e do próximo neto que está para chegar, pela pandemia. Bianca está grávida de três meses e a preocupação do pai é pela segurança dela e do bebê. “Com tudo que estamos passando atualmente não consigo ficar tranquilo, tem que estar sob muitos cuidados”, explica.

História em construção

Josué viu a história de perto: testemunhou a construção do viaduto que passa sobre a rede férrea; viu surgir os Blocos G, L e M; depois viu a construção do Caic, onde a filha Bianca estudou da 1ª a 8ª série. A filha também pôde presenciar a história. “Eu vi muita coisa se desenvolver na UEPG desde que meu pai trabalha nela. E também, porque hoje passo a maior parte aqui, então é como se fosse uma segunda casa”.

Depois de adulta, Bianca resolveu seguir os passos do pai e dedicar a vida profissional à Universidade. Para ela, é motivo de orgulho os dois trabalharem na mesma instituição. “Fora do trabalho, preferimos aproveitar os momentos em família, mas se preciso de alguma ajuda ou conselho com relação ao trabalho, sempre pergunto a opinião dele”, revela a filha. Para Josué, estar na UEPG é estar em casa. “É onde passamos grande parte do nosso dia. Convivemos com muitas pessoas que admiro muito, pessoas que trabalham com dedicação e apreço pela nossa UEPG”.

E, como em toda casa, a família divide suas lembranças, suas conquistas e seus desafios. Josué relembra o dia em que foi fazer a instalação do sistema de monitoramento por câmeras nas salas de Mestrado em Odontologia, local onde Bianca estava trabalhando. “Nesta oportunidade, ensinei a ela como o sistema funcionava. Sempre quando há necessidade, estamos trocando informações”.

Pai e filha

Com a proximidade do dia dos pais, Bianca reforça o sentimento de gratidão pelo empenho do pai. “Tenho muito orgulho dele, é uma excelente pessoa, íntegro, honesto, dentre tantas outras qualidades. Ele não para um minuto sequer e não gosta de deixar nada pendente, dá um jeito para tudo”. O exemplo de Josué inspira Bianca a fazer o seu melhor dentro do ambiente de trabalho. 

“É uma vida de UEPG”, diz Josué. Trabalhar na mesma instituição que a filha é, para ele, um presente. “Fiquei muito feliz quando minha filha falou em fazer o concurso para trabalhar na UEPG. Isso demonstra o amor que temos por esta casa, por esta família. Sempre estamos trocando informações e experiências vividas aqui na UEPG. Para mim, é muito gratificante”.

No céu azul do Campus Uvaranas, debaixo de uma das árvores que a família plantou, ambos continuam testemunhando o progresso da instituição e o sentimento de amor entre pai e filha. “Creio que ele se orgulha de tudo que já fiz para estar aqui hoje e que seu exemplo foi o meu maior incentivo”, completa Bianca.

Apuração: Julio César Prado e Aline Jasper | Texto: Jéssica Natal e Aline Jasper | Fotos: Aline Jasper e Arquivo pessoal dos entrevistados

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