Hospitais da UEPG promovem atividades no Dia Mundial da Higienização das Mãos

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Umedeça as mãos com água e aplique sabão. Esfregue as mãos, dedos, dorso e punhos, por pelo menos trinta segundos. Enxague e seque. O mesmo procedimento pode ser feito com álcool 70. São alguns segundos de cuidado que podem salvar vidas, em especial em ambiente hospitalar, onde é preciso reduzir a transmissão de micro-organismos causadores de doenças infecciosas.

No dia 05 de maio, se celebra o Dia Mundial da Higienização das Mãos, data que reforça a importância desta prática para combater e prevenir infecções. Nos Hospitais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), uma série de atividades promovidas pelo Núcleo de Controle de Infecções (Nucih) levou conscientização de forma leve e lúdica aos profissionais de saúde. As ações aconteceram no Hospital Universitário (HU) e Hospital Universitário Materno-Infantil (Humai), na quinta (04) e sexta-feira (05).

Um grupo de profissionais entra no leito, onde um paciente-boneco aguarda atendimento. A simulação com bonecos é comum no cotidiano dos profissionais dos HUs e permite avaliar técnicas e procedimentos sem colocar em risco um paciente real. “Olá, Seu José, tudo bem? Vim aqui para administrar uma dose de dipirona, remédio para aliviar sua dor”. A administração de medicamentos é um procedimento asséptico, ou seja, precisa ser realizado com higiene total das mãos e dos objetos, para evitar a contaminação com micro-organismos.

Para os profissionais de saúde, é importante lembrar dos cinco momentos em que é crucial fazer a higienização das mãos: antes do contato com um paciente; antes da realização de procedimentos assépticos; após risco de exposição a fluidos corporais; após contato com um paciente; e após contato com as áreas próximas ao paciente. Na simulação organizada pelo Núcleo, havia uma “pegadinha”: uma dose de pó fosforescente havia sido colocada na maçaneta da porta. Era quase imperceptível a olho nu, mas brilhava, denunciando sua localização sob luz negra. A ideia, como explica Melanie Kok, enfermeira da Nucih, era identificar possíveis falhas na assepsia dos procedimentos e mostrar, na prática, onde haveria contaminação.

Além da simulação, também aconteceu um cinema com pipoca, passando vídeos sobre a higienização das mãos e sobre a importância da prevenção de infecções. Eram vídeos curtos, com dramatizações e animações, para prender a atenção de quem assistia. “Nossas equipes gostam bastante dessas dinâmicas”, conta a enfermeira Larissa Stefani, uma das organizadoras da atividade. “A partir do momento em que a gente faz uma atividade em que eles interagem, eles acabam vindo mais, absorvem melhor e aplicam na prática”.

“A higiene das mãos é a principal medida de prevenção de infecções dentro dos serviços de saúde, assim como na comunidade”, reforça Maria Dagmar da Rocha Gaspar, chefe do Nucih. Essa prática pode reduzir em até 40% a incidência de doenças infecciosas nos hospitais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Cuidados não farmacológicos, ou seja, que não envolvem medicamentos, devem sempre ser estimulados, sobretudo para evitar que caiam em desuso, como reforça o secretário de Estado da Saúde do Paraná, Beto Preto. “Este é um ato simples, mas que pode fazer uma diferença tremenda na prevenção de inúmeras doenças”, lembra. “É a lição de casa da pandemia, que deve ser diariamente valorizada para que possamos construir coletivamente uma cultura que incremente a qualidade da higiene de maneira geral”.

Texto e fotos: Aline Jasper

   


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