Pós em Ciências Farmacêuticas da UEPG participa de atividades nos EUA

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Prêmio em evento internacional e palestra em universidade nos Estados Unidos. Na última semana, o Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PPGCF-UEPG) trouxe a internacionalização como destaque. Na quarta (26), a aluna do doutorado Evelyn Assis de Andrade, que realiza doutorado sanduíche na Universidade da Carolina do Norte (UNC), recebeu um prêmio de melhor trabalho na International Conference on the Science of Botanicals (Oxford, Mississipi). Na sexta (21), o professor Flavio Luis Beltrame esteve no Center for Marine Science da UNC para uma visita técnica e ministrar uma aula. A pesquisa com plantas medicinais foi o tema central da conversa com alunos, professores e técnicos do Centro.

Também participaram da Conferência em Oxford, de 24 a 26 de abril, os professores Flávio Luis Beltrame, Jane Manfron e Paulo Vitor Farago, apresentando trabalhos ligados a suas linhas de pesquisa. “Na Conferência, falaram pesquisadores do mundo todo, tais como Alemanha, Grécia, Áustria, China, Índia, Estados Unidos e outros, além de indústrias farmacêuticas e órgãos reguladores ligados ao setor”, explicam os professores. O trabalho de Evelyn foi premiado com o primeiro lugar na categoria “Pôster de Aluno de Pós-Graduação”, com o título “Chemical and biological differentation of Kalanchoe daigremontiana and Kalanchoe x houghtonii”.

Pesquisa internacional

Evelyn é aluna de doutorado do PPGCF e está fazendo intercâmbio pelo Programa de Doutorado-sanduíche no Exterior (PDSE), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no Center for Marine Science da Universidade da Carolina do Norte, em Wilmington. Desde novembro de 2022, ela desenvolve pesquisas na universidade americana, com os professores Wendy Strangman e Robert Thomas Williamson, e em uma empresa parceira, a Camag Scientifica Inc., em parceria com o pesquisador Wilmer Perera. Na UEPG, o trabalho é orientado pelo professor Flávio Beltrame e co-orientado pela professora Jane Manfron.

“Meu projeto é voltado à química farmacêutica de plantas medicinais, no qual busco identificar e diferenciar espécies do gênero Kalanchoe, conhecidas popularmente como ‘mãe de milhares’ ou ‘folha milagrosa'”, explica a doutoranda. “No Brasil, trabalho com a avaliação biológica destas espécies medicinais e, no momento, nos EUA realizo a identificação e diferenciação química destas espécies”. Situado na linha de pesquisa de “avaliação química e biológica de produtos naturais”, a pesquisa busca comprovar a atividade farmacológica, ou seja, a interação entre as substâncias químicas e sistemas biológicas, de plantas usadas popularmente com fins medicinais. “E além de provar essa atividade, devido ao apoio e colaboração deste grupo de pesquisa nos EUA, podemos analisar os extratos vegetais e identificar os compostos responsáveis por essa atividade biológica”.

Visita técnica

A convite da universidade americana, o professor Flávio Beltrame ministrou uma aula no Center for Marine Science da UNC sobre plantas medicinais, objeto de sua pesquisa na UEPG. “O objetivo principal foi estreitar os laços com o grupo americano, com o interesse futuro de novas parcerias. Eles têm uma estrutura muito boa, são muito bem equipados”, explica. “Para a universidade, é importante porque a gente está fazendo contato e estreitando laços com uma universidade muito conceituada aqui nos EUA, com um grupo muito forte na pesquisa”.

Internacionalização

Exigência dos órgãos de fomento, a internacionalização é uma necessidade dos programas de pós-graduação. Além de ranquear melhor os cursos e instituições, as parcerias com universidades e institutos de pesquisa estrangeiros permitem desenvolver pesquisas em conjunto e conhecer realidades distintas da brasileira. “Posso afirmar com 100% de certeza que esta tem sido a maior e melhor experiência, tanto pessoal quanto profissional, da minha trajetória acadêmica”, afirma Evelyn, que fez a graduação, mestrado e doutorado na UEPG. “Foi uma grande oportunidade e este intercâmbio tem me permitido aprimorar o meu conhecimento científico”.

Além disso, a doutoranda reforça a importância de estreitar laços com as universidades parceiras, o que pode desdobrar em novas parcerias e ações em conjunto. “Considero que tem sido importante o estabelecimento dessa conexão e parceria com a UNC, não só para o meu projeto de doutorado como também abre portas para outros pesquisadores que possam ter interesse em viver essa experiência no futuro”.

Texto: Aline Jasper | Fotos: Divulgação / Arquivo Pessoal


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