Equipe da UEPG vence Hackathon Agro

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Os alunos de pós-graduação em Engenharia de Materiais da UEPG Vinícius Luiz de Carvalho, Jean Hoepfner e o docente da instituição Luís Antônio Pinheiro foram os vencedores do ‘Hackathon Agro’, maratona destinada a soluções inovadoras para o setor do Agronegócio – que aconteceu no Pavilhão Tech da Feira Paraná, dos dias 23 a 25 de outubro.

Os ganhadores da competição apresentaram a logística reversa de embalagens de agrotóxico. Conforme explica Vinícius Luiz de Carvalho, ”a pesquisa nasceu durante o mestrado, em 2012, quando estudava a necessidade de beneficiamento de resíduos plásticos, devido a falta de conhecimentos técnicos que há nessa área. O projeto amadureceu no doutorado para poder virar um modelo de negócio e hoje, vislumbramos o seu potencial de mercado”, conta.

De acordo com o docente Luís Antônio Pinheiro, é importante a interação entre a universidade e o meio produtivo. “Acho que ambos precisam caminhar juntos. No Brasil ocorre uma certa separação, mas em países desenvolvidos as duas áreas são próximas e experiências desse tipo fazem com que haja uma conexão maior com o setor produtivo”, explica.

“Começamos a competição com o conhecimento técnico, a partir de uma visão acadêmica e ao longo do processo realizamos algumas mudanças. Eu lembro de um mentor em especial, o Carlos, que ajudou a clarear as ideias. Na quinta-feira, nós escrevemos o modelo de negócio, com algumas adaptações, na sexta-feira passeamos pela Feira Paraná para visualizar a aplicabilidade do projeto e montamos a apresentação com a ajuda dos mentores que estavam participando. Tivemos um grande amadurecimento durante os três dias”, conta Hoepfner.

Segundo o pesquisador, “a maior dificuldade ao desenvolver um projeto é visualizar a necessidade envolvida, ou seja, a dor do mercado. A pesquisa precisa atacar o problema de um setor, ou segmento. É necessário que haja uma demanda e a identificação do cliente, do produto e do mercado. O maior desafio é tirar a pesquisa do papel sem esquecer da monetização que torna o negócio viável”, afirma Hoepfner.

“De maneira geral nós conseguimos passar os pontos principais durante a apresentação e depois do reconhecimento que o trabalho recebeu, será um desperdício não continuar com o desenvolvimento do projeto. O que nós produzimos resolve o problema de um nicho de mercado e pretendemos levar isso adiante”, afirma Hoepfner. Para o professor Luís Pinheiro, é de grande relevância o papel que a AGIPE desempenha no processo de pesquisa. “A Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (AGIPI) provoca os pesquisadores da UEPG a analisarem se estão produzindo uma inovação ou não. A Agência ajuda nesse sentido, a olhar melhor para o trabalho e agregar mais valor à pesquisa e tecnologia que é desenvolvida”, reforça.

Segundo o professor da UEPG e diretor da AGIPI, Miguel Arcanjo de Freitas Junior, a representação institucional junto à sociedade é algo muito importante. “Ficamos ainda mais felizes quando o resultado é a obtenção do maior título da Feira Paraná, visto que a competição foi extremamente cobiçada e disputada pelas diferentes instituições, o que demonstra o potencial que temos na universidade”.

“A UEPG possui uma missão social, mas isso não significa que deva ficar afastada do mercado de trabalho. A logística reversa de embalagens de agrotóxico impacta em todo o meio ambiente e na saúde da população. Nós não podemos deixar de olhar para as demandas e nesse sentido é fundamental a aproximação e participação cada vez maior da universidade no setor produtivo”, finaliza Miguel Arcanjo.

Feira Paraná

O curso de Turismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa participou do 3ª Salão de Turismo dos Campos Gerais, que aconteceu de 18 a 27 de outubro, junto à Feira Paraná. Além disso, os cursos da UEPG marcaram presença no evento com a exposição de algumas iniciativas no estande da instituição.

No local, o curso de Zootecnia abordou o tráfico de animais silvestres e apresentou o projeto destinado à construção de casinhas de cachorro com materiais recicláveis. De acordo com a docente Verônica Oliveira Vianna, “de cada 10 animais tirados da natureza, somente um chega ao destino final. Precisamos combater isso através da compra de animais com certificado de origem. Quem quiser denunciar pode ligar para o disque denúncia 181, ou para a linha verde do Ibama: 0800618080”, informa.

Sobre o projeto destinado à construção de casas para cachorros de rua, a docente Jessyca Caroline Rocha Ribas explica que “são aproveitados cerca de 150 caixas de leite, além de papelões e sacos de ração. O importante é que reutilizamos materiais que seriam jogados fora e ao mesmo tempo, ajudamos um animal com um abrigo conformável, quente e de baixo custo”, conta.

No estande da instituição, os óculos de realidade virtual chamaram a atenção dos visitantes que chegaram a fazer fila para experimentar a tecnologia. Durante a Feira Paraná, participaram os cursos de odontologia, Educação Física, Zootecnia, a Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (AGIPI), a Editora UEPG e o Museu Campos Gerais, que realizou a exposição de equipamentos antigos.

 

Vanessa Hrenechen


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