Pesquisadora da UEPG integra pesquisa sobre Economia Azul, aprovada nos Estados Unidos

Compartilhe

Os mares e oceanos chamam a atenção e são destinos turísticos comuns, seja em férias na praia, na experiência de ver um naufrágio ou uma excursão de pesca nas águas azuis profundas. Para estudar a economia azul, termo que designa as atividades econômicas relacionadas com mares e oceanos, a professora Jasmine Moreira, do Departamento de Turismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), faz parte de um projeto de pesquisa nos Estados Unidos.

O projeto “Interface de dados de uso humano, cultura, economia e meio ambiente dentro da Economia Azul para povos minoritários” é coordenado pela Universidade de West Virginia, em parceria com a coordenação nacional dos Santuários Marinhos dos Estados Unidos. A primeira fase foca no Santuário Marinho Nacional em Florida Keys e nos Santuários localizados na área dos Grandes Lagos, próximos a Detroit, Cleveland e Milwaukee, e foi aprovada no programa “Acelerador de Convergência” da National Science Foundation (NSF), recebendo US$ 686.462,00.

O objetivo é aumentar a conscientização e a conexão de minorias étnicas (população negra e indígena) com os recursos aquáticos. Essas minorias, segundo os pesquisadores, têm menor acesso à economia azul, definida pelo Banco Mundial como o uso sustentável de recursos oceânicos para gerar o crescimento econômico e melhorar as condições de vida, criando empregos e preservando a saúde dos ecossistemas.

A professora Jasmine destaca que a participação no projeto é interessante não somente pela pesquisa em sim, mas também pela metodologia inovadora: “A metodologia é diferente, e creio que vai ser a tendência no futuro”. As equipes aprovadas no financiamento da NSF recebem um recurso para iniciar a proposta e utilizam um aplicativo (Slack) para se comunicar. Durante nove meses acontecem workshops semanais para desenvolver a ideia em parceria com treinadores, com a fundação e com outras equipes. O objetivo é desenvolver e estruturar as ideias, ao mesmo tempo em que incentiva a colaboração entre diferentes formas de conhecimento acadêmico. “No final, cada equipe prepara um vídeo (pitch) de três minutos, e as melhores ideias recebem US$ 5 milhões para sua implementação na segunda fase”, explica a professora. “O objetivo é transformar a pesquisa básica em soluções sociais e que continuem a ter impacto e sejam sustentáveis após o término do suporte da NSF”.

Ross Andrew, um dos pesquisadores envolvidos no projeto e professor na Universidade de West Virginia, explica que o impacto da pesquisa na sociedade e no mundo será maior se a ciência se voltar para os problemas através da visão das pessoas e de como elas podem se conectar melhor com os recursos naturais. “É isso que esse projeto vai fazer. Estamos tentando não somente fazer com que os recursos naturais sejam mais acessíveis, mas também criar uma conexão com as pessoas”, aponta.

Saiba mais sobre os santuários marinhos que fazem parte da pesquisa neste link, e sobre a pesquisa na Universidade de West Virginia neste link.

Texto: Adaptado por Aline Jasper | Foto:


Compartilhe

 

Skip to content