Professores e acadêmicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) lançaram o e-book “Violência contra a mulher durante a pandemia de Covid-19”. O material apresenta evidências científicas e debates sobre a violência doméstica, especialmente ao longo da pandemia. A intenção é tornar público o quadro enfrentado por essas mulheres e alcançar medidas de combate ao crime, auxiliando as vítimas.
Participaram da produção do livro os acadêmicos do 2º período do curso de medicina Jaqueline Meert Parlow, João Pedro Gambetta Polay, Elder Dalazoana Filho, Luiz Henrique Vargas de Andrade, Fabio Vinicius Barth, Ana Cristina Barth de Castro, Mariana Fonseca, Yasmim Brick Santos e os professores do curso de medicina e orientadores Adriana Fatima Menegat Schuinski e Erildo Vicente Müller.
Segundo o aluno João Polay, a pesquisa inicial foi desenvolvida para um evento on-line que estava aceitando submissões de artigos. “A temática do evento era sobre os desafios enfrentados durante a pandemia de Covid-19. Nós apresentamos os índices de violência doméstica e as alterações ocorridas nesse período, pensando nas diversas vítimas que acabaram isoladas no mesmo domicílio que seus agressores”.
A ideia de produzir a cartilha surgiu quando os acadêmicos visualizaram a relevância de apresentar os dados para a comunidade em geral. Inicialmente, o grupo de estudantes convidou a professora Adriana Schuinski para orientar o trabalho, que prontamente aceitou o convite, e, em seguida, convidou o professor Erildo Müller, que contribuiu com mais informações e ajudou na publicação do material. “Pensamos em divulgar os dados da pesquisa porque não encontramos tantas informações sobre violência doméstica durante a pandemia. Acreditamos que esse seja um assunto importante e que merece a atenção de todos”, diz João Polay.
A cartilha, que está disponível no site da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Culturais, apresenta os sinais e os tipos de violência doméstica existentes e também traz informações sobre os serviços de auxílio às vítimas, com a definição dos Programas e o número de contato deles. “Dessa forma, nós queremos informar a população sobre esses índices e auxiliar, de algum modo, as vítimas de violência doméstica”, explica Polay.
Texto: Vanessa Hrenechen Foto: divulgação