Grupo da UEPG aprova pesquisa sobre bactérias na agricultura no CNPq

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Nesta terça-feira (15), professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), tiveram projeto de pesquisa aprovado na Chamada Universal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na Faixa B – Grupos Consolidados. O projeto visa potencializar os efeitos das bactérias promotoras do crescimento de plantas na agricultura, para torná-la  menos dependente de fertilizantes.

A Prof. Carolina Weigert Galvão do Departamento de Biologia Estrutural, Molecular e Genética (DEBIOGEM), coordenadora do projeto, salienta que a pesquisa vem ao encontro de uma grande preocupação da comunidade científica mundial. “Até 2050, teremos o desafio de alimentar quase 9 bilhões de pessoas e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto ambiental e os custos da produção agrícola”. Carolina destaca que diante da complexidade do tema, o projeto envolverá a pesquisa básica, aplicada e a inovação.

O projeto tem como foco principal potencializar os efeitos das Bactérias Promotoras do Crescimento de Plantas na agricultura, por meio de um melhor entendimento da interação planta-bactéria e da utilização de carreadores ditos “inteligentes”. Com isso,  busca-se aumentar a produção de alimentos, reduzir o consumo de fertilizantes e mitigar os danos ambientais, explica Carolina.

A equipe do projeto é multidisciplinar, envolvendo pesquisadores de diferentes expertises como bioquímica, microbiologia, química, biologia molecular, agronomia e com a colaboração da iniciativa privada. “A ideia do projeto, surgiu a partir de estudos que já estamos desenvolvendo aqui no Laboratório de Biologia Molecular Microbiana (LABMOM) da UEPG há alguns anos, juntamente com os Profs. Rafael M. Etto, Ernandes T. T. Neto, Michele K. L. Tenório e os mestrandos Willian Y. Takahashi e Laís P. Karas. Até o momento, esse estudo já gerou o registro de uma patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e abriu oportunidades de parcerias com a iniciativa privada através da Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (AGIPI). A parceria com as empresas produtoras de inoculantes é importante para permitir o acesso do produtor a essas novas tecnologias e assim acelerar a sua utilização na agricultura”, ressalta Carolina.

O projeto ainda tem a participação de pesquisadores de outras instituições, como da Prof. Ernandes Taveira Tenório Neto, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Éderson da Conceição Jesus e Marcelo Sfeir de Aguiar, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); e Artur Soares Pinto Junior, da Empresa Simbiose.

Texto: Daniela Borcezi   Fotos: Fábio Ansolin

 


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