UEPG, UEL e UEM iniciam curso de capacitação sobre doenças crônicas

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Iniciou na quinta-feira (23) o projeto Capacita DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis, na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Financiado pelo Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto é uma parceria entre a UEPG e as Universidades Estaduais de Londrina (UEL) e Maringá (UEM). O curso de capacitação tem como público-alvo profissionais da atenção primária à saúde, no enfrentamento de doenças como obesidade, hipertensão arterial e diabetes. A atividade iniciou com uma palestra de Gabriella Farias Gomes, técnica da Coordenação-Geral de Prevenção às Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde.

 

As atividades do curso aconteceram no auditório do Bloco E no campus Uvaranas da UEPG. Na solenidade de abertura, estiveram presentes o vice-reitor Ivo Mottin Demiate; o diretor do setor de Ciências Biológicas e da Saúde da UEPG, Julio César Miné; o chefe da 3ª Regional de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR), Robson Xavier da Silva; a diretora de atenção primária à saúde da Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa, Liz Elaine Sowek; o coordenador geral do projeto, Denilson de Castro Teixeira; e o coordenador do projeto em Ponta Grossa, Erildo Vicente Müller.

União de forças

Para o vice-reitor, a presença de profissionais de várias áreas, como enfermagem, farmácia, medicina, odontologia, educação física, nutrição, entre outras, permite uma abordagem mais complexa. “Isso deixa a gente muito contente: percebemos a preocupação da área da saúde em abordar as coisas de maneira mais complexa. As soluções também são complexas e a gente precisa se unir, se completar”, reflete.

O professor da UEL, Denilson de Castro Teixeira, é o coordenador geral do Capacita DCNT. “O propósito desse projeto é unir forças para que possamos ter ações mais exitosas no combate dessas doenças que impactam muito a saúde da nossa população”, comenta. Para o professor, o controle e a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis não requer apenas uma grande quantidade de recursos. “Exige iniciativas que tentem minimizar a prevalência dessas doenças no nosso país e o enfrentamento dessas doenças crônicas é um dos maiores desafios para nós profissionais da saúde”, adiciona.

Coordenador das atividades do projeto em Ponta Grossa, o professor da UEPG Erildo Vicente Müller, ressalta que a iniciativa envolve dois braços da universidade pública: a pesquisa e a extensão. “Na pesquisa, nós coletamos informações de como as equipes de atenção primária em saúde fazem o enfrentamento dessas doenças, assim como pesquisa com os portadores dessas condições”, fala.

Foi com esse levantamento prévio que o curso de capacitação, de 180 horas, foi proposto. “É um projeto multicêntrico. Em cada município, que são os maiores do interior do Paraná, nós teremos a mesma forma de condução”, conta. Docentes de cada Universidade lecionarão o curso em todas as instituições participantes. “Há um intercâmbio entre as Universidades, melhor conhecimento entre os professores e outros projetos de pesquisas podem nascer a partir daí”, anseia o professor Erildo.

“É importante destacar a presença do Ministério da Saúde, da Sesa e de autoridades do município. Não se faz política pública de saúde e não se alcança resultados que se deve alcançar em benefício da população brasileira se esses três não estiverem construindo e discutindo políticas, promovendo interações que possam melhorar as condições de vida e saúde para todos”, frisa o chefe da 3ª Regional de Saúde, Robson Xavier da Silva. Ele também ressalta a importância da UEPG e de seus Hospitais Universitários para o público e as conexões que o projeto Capacita DCNT possui com as ações já desenvolvidas pela Sesa.

Palestra de abertura

Durante a manhã, o projeto também contou com palestra da enfermeira Gabriella Farias Gomes, técnica da Coordenação-Geral de Prevenção às Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde. “É um desafio falar das condições crônicas, visto a vulnerabilidade dessas condições e das pessoas […], mas também de uma relevância muito grande”, considera. Gomes já participou e lecionou em várias oficinas e seminários, mas foi na UEPG que a enfermeira estreou em cursos na modalidade presencial. “É maravilhoso ver a plenária cheia!”, conta. Em sua fala, a enfermeira abordou o cenário das DCNTs no Brasil, o impacto dessas condições quando não tratadas e as estratégias de prevenção e enfrentamento tomadas pelo Ministério da Saúde.

A enfermeira Danieli Menon, assim como toda a equipe da Unidade de Saúde da Família Romulo Pazzinato, em que trabalha, recebeu o convite para participar do curso. “A gente espera que a capacitação some no tratamento dos pacientes, sejam os hipertensos, diabéticos ou obesos. [A frequência dessas doenças] é um grande problema mundial”, detalha Menon. “A expectativa é de que 400 pessoas passem pela capacitação, mas tínhamos um receio de que o cotidiano do trabalho complicasse a presença dos participantes”, destaca a professora da UEL, Ester Massae Okamoto Dalla Costa, coordenadora de qualificação do projeto.

Durante o dia, os participantes também puderam conhecer mais sobre o funcionamento e a equipe do Capacita DCNT e debater os temas em rodas de conversa. No dia seguinte (24), as mesmas atividades aconteceram em Londrina.

Texto e fotos: William Clarindo


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