

O Departamento de Química da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Dequim-UEPG) realizou, entre 28 e 30 de abril, a 13ª edição do Simpósio de Graduação e Pós-Graduação em Química (Simpoquim). O encontro teve como tema o Centenário da Química Quântica, com palestras, minicursos e apresentação de trabalhos.
Durante o evento de abertura, o reitor Miguel Sanches Neto enalteceu as ciências. “Discutir ciência num país que sofreu tanto com o negacionismo é discutir cidadania e o nosso papel enquanto universidade. Este evento mostra a relevância da área de vocês para a UEPG, e é prova do comprometimento de vocês com o conhecimento”, declarou o professor.
Um dos organizadores, o professor Sérgio Ricardo de Lázaro, do Dequim, ressalta a importância do Simpósio para a divulgação do conhecimento científico. “Nós estimulamos nossos alunos a apresentar o que desenvolveram, aquilo que às vezes representa vários anos de pesquisa. Então, eles têm a oportunidade de expor, debater e fazer essas apresentações, de modo a entender melhor como comunicar seu trabalho”, explicou o docente.
Luiz Fernando Mainardes do Valle é aluno do Mestrado em Química e desenvolve pesquisa na área de química teórica em simulação de materiais. Ele participa do Simpoquim desde a oitava edição, primeiro como estudante de graduação e agora da pós-graduação. Por isso, avalia o impacto do evento para os colegas que estão iniciando pesquisas no Departamento. “É importante também para o pessoal que está entrando ver como é a avaliação científica, como é a dinâmica de uma apresentação, o que os professores avaliam, as dúvidas que surgem. E também é significativo para que tenham um contato com a indústria, porque o curso não forma só pesquisadores. O bacharelado e a licenciatura em Química formam tanto cientistas quanto profissionais que seguirão para a indústria”, lembra o discente.
Helena Alves Hauer e Vanessa Sortica ingressaram em 2025 no curso de Licenciatura em Química e tiveram o primeiro contato com a área de pesquisa. “É tudo muito novo! Interessante ver como as coisas funcionam, no nível microscópico. É revelador”, conta Helena. Vanessa diz que também gostou da experiência. “É uma vivência marcante, principalmente por ver a dimensão das coisas. Por exemplo, uma professora que fez doutorado nos Estados Unidos. Às vezes imaginamos que é algo pequeno, mas quando ouvimos os relatos, descobrimos que é um universo muito grande”, acrescenta.
Texto : Helton Costa, com apoio de Gabriel Miguel | Fotos: Gabriel Miguel e Helton Costa