UEPG sedia seminário para debater enfezamento do milho

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Aconteceu nos últimos dias 23 e 24 de outubro, o 6º Seminário da Rede Paranaense de Agropesquisa e Formação Aplicada – Complexo de Enfezamento do Milho (CEM), no Campus Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O evento é idealizado pelo Instituto do Desenvolvimento Rural (IDR) e tem aporte do Estado do Paraná, Sistema Faep, Fundação Araucária e Cooperativas representantes da Fundação ABC. A reunião acontece duas vezes ao ano, onde cada pesquisador presente traz o resultados dos últimos seis meses em relação ao complexo de enfezamento.

Orcial Bortolotto, professor adjunto de Agronomia na UEPG e coordenador da Fazenda Escola Capão da Onça (Fescon), explica o que é o enfezamento do milho e como ele afeta negativamente a produção: “É um conjunto de patógenos, que tem sido nos últimos sete anos, uma das principais dificuldades de manejo por parte dos produtores do milho. Tem trabalhos sendo desenvolvidos para entender como os híbridos de milho respondem aos patógenos, que são dois. Atualmente, o Mollicutes, que é uma bactéria mais rústica, e o vírus também, que tem menos foco, mas também é importante”.

O docente também reforça a importância das pesquisas feitas pela UEPG, que resultaram em perdas de produção de 70% nos últimos anos “Então, a gente tem visto aqui nos trabalhos dentro da rede que as perdas têm ocorrido numa faixa entre 10 e 20%”. Atualmente, a equipe investiga uma série de estratégias sustentáveis, inserção de biológicos, para  trabalhar com híbridos que saibam conviver melhor com o patógeno e mesmo assim produzam bem. “Em conjunto, também estamos desenvolvendo um livro, para ser publicado no próximo ano, e nele consta um pacote de recomendações e estratégias, visando sustentabilidade econômica e ambiental para que o problema possa ser manejado e controlado através da adoção de técnicas racionais”, adiciona o professor.

O encontro tem se mostrado eficiente no combate contra o complexo de enfezamento do milho, através da rede de cooperativas e o fomento de pesquisas feitas dentro das instituições de ensino públicos, como a UEPG.

Texto: Gabriel Ribeiro | Fotos: Fabio Ansolin


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