



Os professores do PPGZ, Vanderley Porfírio da Silva, Adriana de Souza Martins e Raquel Abdallah da Rocha Oliveira, em parceria com outros docentes da instituição, implantaram o projeto de integração pecuária e floresta na Fescon. A iniciativa conta com apoio da Embrapa Florestas e está vinculada ao Programa de Extensão da Educação Superior na Pós-Graduação (Proext-PG). Nesta primeira etapa, foram plantadas mudas de eucalipto, mas o planejamento também inclui árvores nativas, frutíferas e de essência. Para a implantação do sistema silvipastoril, as árvores podem ser das mais diferentes espécies, como explica o professor Porfírio. “Todas elas vão exercer um papel, que é prover conforto térmico ao animal que está em campo, ou seja, vão fazer sombra”. Para além do conforto térmico, o sistema tem outras vantagens, segundo ele: possibilidade da extração da madeira e o sequestro de carbono do ar. “As árvores vão crescer em taxas altas e o eucalipto cresce rápido, para que possa capturar esse carbono na taxa mais rápida possível”.




“Os nossos animais, tantos ovinos quanto os bovinos, vão a pasto, mas o estresse térmico impacta diretamente na produção de leite e de carne, então nós decidimos iniciar a implantação desse sistema aqui na Fazenda Escola”, ressalta a professora Adriana. “Nós temos visto a questão do aquecimento global e como isso afeta na criação animal, inclusive na questão reprodutiva, então com esse conforto térmico poderemos avaliar as melhorias e passar os resultados para os produtores”, explica. A professora Raquel complementa que o sistema silvipastoril irá contribuir para avaliação de verminoses. “O grande problema da criação de ovinos é a verminose, porque os anti-helmínticos já não funcionam mais, então a gente pretende verificar se realmente com isso a gente consegue conviver com o parasita, estamos bem confiantes de que com esse sistema a gente vai ter uma melhor produção dos ovinos”.
O diretor da Fazenda Escola, professor Orcial Bortolotto, destaca que a iniciativa poderá contribuir para a construção de conhecimento em outras áreas para além da Zootecnia e Agronomia. “Pesquisadores de outras áreas poderão contribuir, colocando a Fescon dentro dessa filosofia de um laboratório multiusuário, sendo um polo de referência para produtores da região”. São parceiros envolvidos no projeto: Prefeitura de Ponta Grossa; Viveiro Florestal da UEPG; Arbogen; Datamars; Águia Florestal; Embrapa Florestas; Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná; e Agroceres.
Texto e fotos: Jéssica Natal












