Programa da UEPG promove a sustentabilidade em ações com a comunidade
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Um mineral natural pode se transformar em purpurina biodegradável. No Programa Ciência e Sustentabilidade, ligado do Departamento de Química da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Dequim-UEPG), esta ação é uma das iniciativas que buscam promover a sustentabilidade. Com o objetivo de conscientizar sobre práticas sustentáveis, alunos e professores realizam atividades de educação ambiental com alunos do Ensino Médio. Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o grupo mostra que é possível desenvolver soluções que integram pesquisa, extensão, ensino, ciência e práticas sociais, com foco na preservação ambiental.
Na sala do Bloco L, o grupo recebe estudantes de escolas da região para falar sobre os ‘5Rs da sustentabilidade’: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. As oficinas são práticas, com tópicos como reciclagem, reaproveitamento de materiais e consumo consciente. O tema central é o ciclo dos plásticos: o grupo mostra maneiras das pessoas mudarem a relação com o consumo desses materiais. “O laboratório temático cria um espaço onde as pessoas podem aprender, trocar experiências e entender a importância de cada uma dessas ações no cuidado com o meio ambiente”, comenta a professora Luciana de Boer Pinheiro de Souza, coordenadora do Programa.
Santiago Kosloski, aluno da Licenciatura em Química, demonstra formas de produção de purpurina ecológica com Mika. O mineral, quando triturado, se dissolve facilmente na água, diferentemente do glitter convencional – além de conter microplásticos, impede a passagem de luz. A ação conduz os participantes sobre a importância de fazer escolhas sustentáveis, segundo o acadêmico. “O plástico é um fato na indústria e no consumo, mas podemos levar à comunidade uma visão mais sustentável, com a não utilização de plásticos de uso único e, claro, fomentar a pesquisa para soluções mais sustentáveis para estas questões”, enfatiza. No projeto, Santiago atua na preparação do laboratório, como soluções salinas para testes, e na recepção dos estudantes em dia de visita. “Eu explico desde a fase do supermercado, os 5R’s, experimentos com isopor e densidade dos plásticos. Ou seja, como estudante, a experiência é completa”.
As ações são participativas, para despertar a consciência coletiva e incentivar mudanças de hábitos, que contribuem para a redução do impacto ambiental, de acordo com Luciana. “Assim, a educação e o diálogo se tornam ferramentas poderosas para construir uma sociedade mais sustentável e comprometida com o planeta”. O projeto teve início em abril de 2024, com oficinas para alunos do 1º ano do Ensino Fundamental até 3º ano do Ensino Médio, além de cursos técnicos em Química e Alimentos, de escolas públicas e privadas da região, totalizando atendimento a 400 pessoas da comunidade externa.
Professores envolvidos no programa de extensão: Luciana de Boer Pinheiro de Souza; coordenadora do programa; e equipe executora, Patricia Los Weinert, Adriano Gonçalves Viana e Marilei Casturina Mendes Sandra.