O Museu Campos Gerais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (MCG-UEPG) conquistou o primeiro lugar no 8º Fórum Permanente de Museus Universitários (FPMU), realizado no último dia 29, em Fortaleza (CE). O projeto “Conectando Memória e Inovação: Inteligência Artificial, Humanidades Digitais e a democratização de Acervos no Contexto Museológico Paranaense” garantiu ao MCG a vitória na categoria Comunicação Oral em Pesquisa.
O 8º FPMU aconteceu entre os dias 25 e 29 de agosto de 2025, na Universidade Federal do Ceará (UFC), e reuniu profissionais, pesquisadores, professores e estudantes ligados à museus universitários e centros de documentação de todo o Brasil. O tema deste ano foi “Coleções, Museus Universitários e Sociedade: Elos entre Ciência, Cultura e Comunidade” e promoveu o diálogo entre museus universitários, movimentos sociais e instituições de ensino e pesquisa com a sociedade. A programação contou com conferências, apresentações de trabalhos, reuniões temáticas e homenagens aos profissionais que dedicaram suas vidas ao tema.
O projeto que conferiu a vitória foi desenvolvido pela equipe do Museu em conjunto com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), por meio dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napi) Conectando Memória e Inovação. Participaram da construção da proposta o diretor geral do MCG, Niltonci Batista Chaves, o diretor de pesquisa e acervos, professor Robson Laverdi, o assessor da Seti, Renê Wagner Ramos, o professor Edson Armando Silva e a pesquisadora bolsista do Napi, Julia Graciela Machado.
O objetivo do projeto é conectar o patrimônio histórico e cultural de diferentes instituições museológicas às novas tecnologias, por meio do uso de inteligências artificiais (IAs) e as demais ferramentas à disposição do projeto, com o objetivo de sistematizar e digitalizar acervos selecionados para integrarem a plataforma OMEKA, interligada com o site do Napi Paraná Faz Ciência.
Niltonci, que também preside a Associação dos Museus da Região dos Campos Gerais, comenta a importância do prêmio como uma forma de reconhecimento à história do MCG, que neste ano celebra 75 anos. “Para nós, receber um prêmio nacional é colocar o Museu como referência no campo da pesquisa museal paranaense de forma definitiva. Isso mostra um esforço coletivo de toda equipe, com apoio da gestão da UEPG, que nos deu condição de montar essa estrutura, adquirir os equipamentos e os recursos necessários, resultando nesse prêmio”, declarou o diretor do MCG.
O diretor de pesquisas e acervos do Museu, Robson Laverdi, ressalta que o uso das novas tecnologias no acervo possibilitou vários avanços para a pesquisa. “Quando falamos em tecnologia e memória, devemos pensar que não se trata apenas de colocar o acervo em uma plataforma, mas de adotar protocolos de preservação, abrir novas possibilidades de pesquisa e garantir que esse patrimônio esteja vivo e acessível”. Para Laverdi, a modernização do Museu passa pela união da preservação e inovação, patrimônio e história pública.
Laverdi declara a importância da aplicação do projeto no MCG e que o prêmio tem um significado muito grande, pois “reconhece o esforço que estamos fazendo no Museu Campos Gerais para organizar e pesquisar um acervo que é riquíssimo. O projeto com o Napi Memória e Inovação nos deu condições de estruturar esse trabalho de forma mais sólida, juntando a preservação patrimonial com ferramentas digitais. Esse prêmio mostra que estamos no caminho certo.” afirmou.
Texto: Gabriel Ribeiro | Fotos: Seti-PR