Mestranda da UEPG pesquisa impacto do uso de IA no ensino

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A Inteligência Artificial emancipa ou aprisiona? Esta é a pergunta que Aline Mainardes, aluna do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PPGEcem-UEPG), busca responder. A mestranda conduz uma pesquisa sobre o uso da IA na construção da autonomia e da identidade dos acadêmicos de licenciatura da instituição. Estudantes podem participar do questionário online, para auxiliar na pesquisa.

“Houve uma popularização, principalmente do ChatGPT, nos últimos anos, e por conta da fácil disponibilização, tem sido usado de maneira indiscriminada”, conta Aline. Pelo uso crescente, a pesquisa debate a forma como os futuros professores estão utilizando. “É uma aliada dentro do processo de aprendizagem ou é uma muleta? Vamos tentar debater isso, com a aplicação de um questionário, aos estudantes que estão fazendo alguma licenciatura aqui na UEPG. Depois, pretendemos fazer um grupo focal com alguns respondentes”, explica.

O trabalho é orientado pela professora Ana Lúcia Pereira, com co-orientação de Fábio Antônio Gabriel. A Inteligência Artificial Generativa, área da IA em que o ChatGPT se enquadra, tomou proporções maiores nos últimos anos, o que acaba por ser um tema novo de pesquisas na área acadêmica. Para a Professora Ana Lúcia, estudar um tema novo é um exercício de ousadia metodológica. “Mas também é muito fértil, porque permite que a gente contribua, de uma forma original, com a ciência e com a sociedade. É um convite à inovação, a uma escuta mais sensível dos contextos, e  à valorização da construção desse saber”.

Aline é pedagoga e conta que utiliza a IA em algumas atividades do dia a dia. “Eu uso principalmente para agilizar, para escrever um bilhete para os pais, pro exemplo, então no meu contexto a IA tem em emancipado, para me concentrar em atividades mais complexas”, completa. Para a orientadora, Ana Lúcia, discutir a IA na docência é urgente e necessário, “porque não é apenas uma inovação tecnológica, mas também uma oportunidade da gente reinventar a nossa prática docente, com muita consciência, responsabilidade, criticidade e compromisso social”, finaliza. Os alunos dos cursos de licenciatura podem participar do questionário pelo link aqui.

Texto e fotos: Jéssica Natal


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