Estudantes e professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) participam, neste mês de julho, de duas operações simultâneas do Projeto Rondon, em ações de extensão universitária voltadas à promoção da cidadania em comunidades em situação de vulnerabilidade social. A terceira edição da Operação Rondon Paraná, organizada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), teve início nesta quinta-feira (10), no município de Bandeirantes, local em que professores e alunos de universidades públicas e privadas do Paraná partiram para atender comunidades dos municípios do Norte Pioneiro do estado.
Paralelamente, estudantes da UEPG viajam ao Amazonas para participar da Operação Rondon, iniciativa nacional coordenada pelo Ministério da Defesa e com participação de universidades de todo o país. Ao todo, vinte e oito estudantes e sete professores de diferentes cursos da UEPG, vinculados ao projeto de extensão Núcleo Extensionista Rondon (NER), participam das missões estadual e nacional.
Operação Rondon Paraná
Foi com brilho nos olhos e frio na barriga que vinte estudantes da UEPG realizaram uma despedida simbólica de suas famílias e amigos em uma expedição rumo ao Norte do Paraná. Na manhã de 10 de julho, os estudantes chegaram a Bandeirantes para a cerimônia de abertura da Operação Rondon Paraná – Norte Pioneiro, marcando o início de uma jornada de duas semanas em municípios da região. Durante a cerimônia, o secretário da Seti, professor Aldo Nelson Bona, exaltou a importância do papel de um rondonista para a sociedade: “Vocês estão preparados para levar um pouco da vida universitária para as cidades que irão receber a operação. Estejam disponíveis e abertos para receber, pois todos nós temos muito a aprender.”
Presente na abertura, o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto, cumprimentou os estudantes e professores que representarão a instituição durante o período. “A UEPG nasce como uma universidade extensionista, então não poderíamos estar de fora de uma ação tão importante como a Operação Rondon Paraná, que busca transformar o conhecimento produzido em nossas universidades em qualidade de vida da população, por meio da extensão.” Também estiveram presentes reitores e professores das universidades participantes, prefeitos e representantes dos municípios que recebem os rondonistas.
Após a cerimônia, as equipes da UEPG se dividiram nos Conjuntos A e B e partiram em direção aos municípios de Nova Santa Bárbara e Congonhinhas, respectivamente, onde irão desenvolver ações de extensão voltadas à promoção da cidadania e qualidade de vida para comunidades em situação de vulnerabilidade social. A missão conta também com cinco professores e cinco profissionais graduados que atuarão como apoio técnico para as atividades desenvolvidas. O Conjunto A desenvolverá ações ligadas à promoção da cultura, direitos humanos, justiça, educação e saúde; enquanto os acadêmicos do Conjunto B vão se concentrar em ações para a promoção da comunicação, meio ambiente, tecnologia e renda para as comunidades assistidas.
As ações em campo do NER UEPG serão coordenadas pelos professores Mário Cezar Lopes, do Departamento de Geociências, e Aline Schar, do curso de Enfermagem. “Uma das partes mais legais do Rondon, é entender a linguagem do povo do local. Cada rondonista volta com várias histórias para contar depois, a experiência é muito boa”, exalta Lopes, que possui longa caminhada no projeto.
Além dos veteranos, o Rondon abre espaço para novos corações aventureiros, como a estudante Maiara Rodrigues Pereira. Em sua primeira expedição pelo projeto, a estudante do curso de Letras explica que embarcou na jornada pensando em seu futuro profissional, “afinal, é na Extensão e na retribuição para a sociedade que a magia da universidade pública acontece. Quero muito ver meu trabalho tendo impacto na comunidade onde iremos”, relata com entusiasmo a rondonista caloura, enquanto se dirigia a cidade de Nova Santa Bárbara.
Operação Amazonas
Enquanto a Operação Rondon Paraná iniciava suas atividades, uma missão estava prestes a começar do outro lado do país. Na manhã de 11 de julho, alunos e professores da UEPG marcaram presença em Manaus para a abertura da Operação Amazonas, do Projeto Rondon. O grupo de cinco estudantes, sob supervisão dos professores Marilisa Rócio Oliveira e Arthur Amador, passarão por treinamento com as Forças Armadas na capital amazonense, com o objetivo de desenvolver atividades em comunidades ribeirinhas do município de Santa Isabel do Rio Negro.
“Para nós, o Rondon é sempre uma novidade, cada operação traz algo diferente, novos aprendizados que levamos de volta para a universidade. Nenhuma operação é igual a outra”, comenta, com empolgação, a professora Marilisa, coordenadora do NER UEPG e da Operação Rondon Paraná 2025, que atualmente está em Manaus para a operação nacional.
“Estamos com a expectativa lá em cima, o pessoal de Santa Isabel do Rio Negro aguarda a nossa chegada e os alunos não veem a hora de começar as atividades por lá”, afirma professor Arthur. Ele explica que todas as atividades foram pensadas para proporcionar momentos de conexão entre rondonistas e a comunidade através do conhecimento.
A animação pela nova jornada contagiou toda a equipe UEPG, como o estudante de Jornalismo João Victor Lemos. “Estamos indo para o outro lado do Brasil, onde o clima e a cultura são bem diferentes do que eu estou acostumado aqui, então eu estou muito ansioso por essa experiência, que promete ser incrível”. Os estudantes da Operação Rondon retornam a Ponta Grossa no dia 23 de julho.
Texto: Gabriel Miguel, com apoio de Helton Costa | Fotos: Rondonistas do Conjunto B (Amazônia), Equipe de Comunicação do Rondon e Helton Costa (CCOM UEPG)
