

“É para tirar essa ideia de que a matemática é difícil e para poucos”, explica a coordenadora do evento, professora Elisangela Meza. Segundo a docente, o Festival reuniu cerca de 450 pessoas, incluindo turmas de escolas de Ponta Grossa e região, além de estudantes que participaram acompanhados da família.
As oficinas e dinâmicas foram conduzidas por acadêmicos do curso de Licenciatura em Matemática, experiência que, de acordo com Elisangela, enriquece a formação desses futuros professores. “É uma oportunidade de eles estarem em contato direto com o público com o qual vão trabalhar. Lembro de uma acadêmica que disse que foi durante o primeiro festival que ela teve certeza de que estava na profissão certa”, recorda.
Uma das atividades mais procuradas pelos visitantes foi a “Mil e um problemas”, que misturava literatura, teatro e problemas matemáticos. “Queríamos produzir algo diferente que envolvesse a matemática para quebrar um pouco do estigma de que a matemática é sempre chata, de que só pode ser feita no papel. Então, resolvemos fazer uma ‘contação de histórias’. Foi aí que lembramos do livro ‘O Homem que Calculava’, que é basicamente uma narrativa envolvente que se passa no Oriente Médio, e que envolve diversos problemas de lógica e aritmética. Também tivemos por base o livro ‘Os Enigmas de Sherazade’, que é uma paródia matemática das ‘Mil e uma noites’, daí surgiu o nome do nosso trabalho”, conta o acadêmico Luiz Henrique Balhs, um dos idealizadores da atividade.
“No festival, somos instigados a planejar atividades diferenciadas, utilizar metodologias ativas do ensino da Matemática. Também conseguimos ter contato direto com o público de diferentes faixas etárias, e precisamos colocar aquilo que aprendemos no curso de licenciatura em prática”, completa o estudante.
Texto e fotos: Gabriel Spenassatto