

Quem convive com a professora Margarete Aparecida dos Santos, do Departamento de Matemática e Estatística da Universidade Estadual de Ponta Grossa, com certeza já recebeu de presente um origami colorido ou uma verdadeira obra de arte em pontos de crochê: os amigurumis de personagens variados, feitos com carinho e capricho. A história do “UEPG Extraordinária” de hoje é repleta de detalhes, pontos, formas, dobras e muitas cores.
A tradição de confeccionar amigurumis tem tudo a ver com presentes. O tricô e o crochê não se originaram no Japão, mas utilizar essas técnicas para fazer objetos tridimensionais foi uma criação japonesa – que se popularizou na segunda metade do século XX. Já era um costume japonês presentear pessoas com bonecos, e com os amigurumis não foi diferente. Os objetos ganharam significado espiritual de boa sorte e prosperidade, e receber de presente um amigurumi é considerado muito especial.
Para fazer os bonecos em crochê, são utilizadas técnicas simples, como o ponto baixo, um dos pontos básicos desse tipo de trabalho manual. “A gente trabalha basicamente com aumento, diminuição e cores. O lance é saber trabalhar com as cores, saber como unir as peças, que horas tem que aumentar, que horas que tem que diminuir”, explica Margarete. Aí entra a lógica, contagem, planejamento, raciocínio espacial… Tem muito da matemática nos amigurumis.
Outro artesanato que utiliza conceitos matemáticos – também com origem japonesa – é o origami. A técnica já virou até oficina no Simpósio Integrado de Matemática (Sigmat), ministrada pela professora Margarete. São inúmeras formas de dobraduras em formas geométricas, que exigem cuidado e coordenação motora. “Também é bastante relaxante. Até meu marido, quando a gente tem alguma discussão, vem com um maço de papel para mim: ‘Toma, se acalme. Vai dobrar papel”, brinca.
A Coordenadoria de Comunicação inaugura uma série de reportagens com servidores – professores e agentes universitários – sobre aquilo que as pessoas que trabalham na UEPG fazem de notável ou excepcional em seu tempo livre – hobbies, esportes, atividades culturais, habilidades, voluntariados… Na última semana, a reportagem foi sobre o servidor José Claudinei de Arruda, que participa de corridas de rua. Para sugerir pautas e histórias para a série “UEPG Extraordinária”, é só entrar em contato pelo e-mail ccom@uepg.br.
Texto e fotos: Aline Jasper