

Foram realizadas 306 cirurgias de quadril, joelho e mão: prótese de quadril, prótese total de joelho, lesão ligamentar de joelho, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho e dedo em martelo. “A Universidade Estadual de Ponta Grossa cumpre a sua função social através desse importante mutirão, que muda a vida das pessoas. Alguns pacientes estavam na fila há seis anos e agora já estão de volta com saúde nos seus lares”, comemorou o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto.
“Quando eu recebi a ligação falando que tinha um mutirão e perguntando se eu ainda estava aguardando pela cirurgia, quase nem acreditei. Eu fiquei muito feliz. Finalmente ia acabar aquela dor”. A fala é da dona Denice Rosa, que foi uma das primeiras pacientes a realizar a artroplastia de quadril pelo mutirão, em dezembro do ano passado. Ela sentia muitas dores para sentar, levantar e até para se mexer na cama, desde 2016. Em 2023, operou um dos lados do quadril e recebeu a notícia de que precisava realizar a cirurgia no outro lado – e rápido. “Começou a piorar muito, e o tempo passava e a fila não andava tão rápido quanto eu precisava”, lembra. “Esses mutirões são muito bons pra gente”. Depois das cirurgias, agora, sim, há qualidade de vida para finalmente devolver a bengala emprestada de uma amiga em 2016, quando iniciou a longa espera. “Agora eu ando, sou outra pessoa”, comemora.
Essa também é a realidade de Adair Rodrigues Machado, que é de Jaguariaíva e operou o quadril no início de dezembro. “Ótimo trabalho dos médicos e profissionais envolvidos nesse mutirão, acabou as dores que eu tinha”, enaltece. “Ajuda muitas pessoas que sofrem, e estão na fila de espera”
O mutirão não interfere na rotina do Centro Cirúrgico do HU: as cirurgias foram feitas aos fins de semana. No ritmo normal do setor, em que também acontecem outros procedimentos eletivos e emergenciais (o HU é referência para cirurgia geral, ortopédica, pediátrica, otorrinolaringologia, ginecológica, vascular, entre outras), o Hospital também tem registrado, todos os meses, números recordes de cirurgias.
A diretora-geral dos HUs da UEPG, professora Fabiana Mansani, explica que a fila de espera pelas cirurgias eletivas ficou represada pela pandemia de Covid-19. “Com o mutirão, o giro dessa fila se tornou muito mais ágil, com toda a qualidade, cuidado e segurança dos atendimentos de excelência dos HU. A agilidade do atendimento para esses pacientes, qualidade de vida e um futuro melhor são as principais conquistas desse mutirão”, aponta.
O vice-reitor da UEPG, professor Ivo Mottin Demiate, destacou o empenho das equipes do HU, que se desdobraram para tornar possível o mutirão. “É uma ação completa, com consultas pré-cirúrgicas, cirurgias e o acompanhamento pós-cirúrgico, que beneficiou muito nossa população, fazendo com que as filas consigam avançar. Nossos agradecimentos às equipes que se dedicaram bastante para que nós atingíssemos esse objetivo tão importante para a comunidade”.
Texto: Aline Jasper | Fotos: Aline Jasper e Luciane Navarro