Na tarde desta quarta-feira (1º), o Campus Oficinas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foi palco de uma cerimônia, em que a agência local da Receita Federal do Brasil destinou diversas mercadorias apreendidas para a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Institucional, Científico e Tecnológico da UEPG (Fauepg).
“É a maior doação feita via Fauepg, que vai beneficiar todo o sistema de ensino da Universidade, com foco nas demandas de nossos alunos”, ressalta o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto. Ele destaca também que se trata de uma demonstração da relevância cidadã da Receita Federal para a qualidade do ensino e permanência dos alunos nos cursos. “Um agradecimento especial ao delegado Remy Deiab Júnior, por sua sensibilidade social e pela sua defesa da universidade pública”, finaliza.
O presidente da Fauepg, professor Sinvaldo Baglie, conta que diversos produtos foram doados, com valor aproximado de R$ 800 mil. “Recebemos um quantitativo alto de celulares, eletrônicos, perfumes, cosméticos, varas de pesca, acessórios para computadores, brinquedos, bichos de pelúcia, roupas, enfim, que serão comercializados via bazar para a estruturação de questões acadêmicas da UEPG”, destaca.
Para a pró-reitora de Assuntos Estudantis, professora Ione Jovino, a ação é muito importante e tem um peso grande, uma vez que o fundo de assistência estudantil vinculado à Fauepg pode ser utilizado de maneira mais ágil. “Existem demandas não emergenciais e outras com prazo estipulado, como materiais que o aluno precisa para determinadas aulas práticas, ou então que possam impedi-lo de frequentar a Universidade”, afirma.
Parceira de longa data, Receita Federal do Brasil apoia diversas ações de cidadania e segurança fiscal
Egresso da UEPG, o delegado da agência de Ponta Grossa da Receita Federal do Brasil, Remy Deiab Júnior, afirma que a Receita sempre foi parceira institucional da Universidade. O momento se torna muito marcante e emocionante para ele, por ter sido egresso da instituição. “Tenho muito orgulho em poder contribuir com a UEPG, com recursos extremamente necessários para a instituição para que seja possível bancar políticas públicas assistenciais para os nossos estudantes, seja permitindo o ingresso, a manutenção e a qualidade de ensino e de vida”, destaca.
Como estudante, ele disse que pôde vivenciar e observar essa realidade durante a graduação. “Chego a me arrepiar ao falar. Digo, repito e friso com orgulho: a UEPG faz um trabalho fantástico, que transcende muito aspectos educacionais”, conta.
Deiab Júnior explica ainda que há um longo caminho até que essas mercadorias apreendidas possam ser disponibilizadas para instituições sem fins lucrativos e que, geralmente por meio de bazares, os produtos sejam vendidos e gerem recursos que serão empregados para o bem-estar da coletividade. “São fruto de um trabalho nosso diuturno, incansável, por terra, por mar e por ar, de combate ao contrabando, descaminho e outros delitos transfronteiriços. Todas as operações de comércio exterior declaradas, importações e exportações, que são feitas no território nacional são fiscalizadas pela Receita Federal, de acordo com a Constituição. E as operações ilícitas, as não declaradas, geram essas apreensões de mercadorias, que antes estavam à serviço da criminalidade”, afirma.
“Essa doação segue diversas regras para demonstrar toda a lisura do processo. Após a venda, deve ser feita uma prestação de contas no bojo desse processo e os recursos poderão ser utilizados pela Fauepg para bancar essa assistência estudantil”, finaliza o delegado da Receita Federal.
Texto e fotos: Tierri Angeluci
