UEPG promove debate sobre uso de IAs no ensino e na pesquisa

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A inteligência artificial entrou em debate na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com a realização da mesa-redonda ‘A IA e o Ensino Superior: Novos Tempos’, realizada na manhã de 11 de setembro, no Grande Auditório do Campus Centro. Promovido pelas Pró-Reitorias de Graduação (Prograd) e de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp), o evento marca o início da discussão, a nível institucional, do uso das IAs nas atividades acadêmicas.

A comunidade universitária lotou o auditório para compartilhar suas experiências e perspectivas sobre o uso das IAs. O objetivo da mesa-redonda foi criar um espaço de discussão com professores e estudantes sobre o uso dessa tecnologia no espaço acadêmico e de forma responsável. A atividade também contou com palestra do professor João Irineu de Resende Miranda, do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais Aplicadas (PPGCSA), e o engenheiro da computação e pesquisador sobre o tema, Albino Szesz Junior, que trouxeram diferentes perspectivas sobre o uso da tecnologia no ambiente acadêmico.

Na abertura do evento, o vice-reitor da UEPG, professor Ivo Mottin Demiate, destacou a necessidade da Universidade abraçar a inovação, que chegou para ficar. “Esta é uma discussão muito importante, pois as IAs já são amplamente utilizadas pela comunidade universitária. Está lançado o desafio sobre como transformá-las em uma ferramenta de apoio ao ensino e à pesquisa e todos nós teremos que aprender isso juntos”. Para o vice-reitor, o debate também é o primeiro passo para a regulação no uso das inteligências artificiais.

A UEPG se insere em um debate mundial sobre o uso das IAs, explica o pró-reitor de Graduação, professor Miguel Archanjo de Freitas Júnior.  “O debate não vem com o intuito de limitar, mas de discutir o uso consciente a partir dos relatos dos estudantes e professores. Com base nessa troca, podemos fomentar uma política interna”. O professor Renê Francisco Hellman, pró-reitor da Propesp, considera o evento um sucesso, dada a ampla participação da comunidade universitária no debate: “A mesa redonda cumpriu seu papel de fomentar a discussão sobre o uso responsável e ético das IAs, a partir da escuta à comunidade acadêmica sobre o tema”.

As apresentações agregaram mais diversidade ao debate. “Minha abordagem foi de mostrar os potenciais e os riscos para as atividades de ensino e pesquisa na UEPG. Mas também cumpriu o objetivo de convidar os setores do conhecimento como cada área pode aplicar as ferramentas, sem perder de vista o rigor metodológico e as práticas pedagógicas”, explica o professor João Irineu de Resende Miranda. As experiências de outras universidades na utilização das IAs foram tema da apresentação do pesquisador Albino Szesz Junior: “Meu objetivo é mostrar a IA não como um risco, mas como uma oportunidade de inovação pedagógica, de pesquisa e gestão, desde que prevaleça a transparência e a preservação da autoria humana. A partir das experiências que mostrei, a ideia é fortalecer o debate e construir uma política institucional”.

A partir das discussões levantadas na mesa-redonda, a gestão da UEPG realizará reuniões com as coordenações dos cursos de graduação, por meio da Prograd, e dos programas de pós-graduação, através da Propesp, para discutir a aplicação das inteligências artificiais em cada área do conhecimento e fomentar a criação de um espaço amplo para debater o uso das IAs na instituição, a fim de estabelecer diretrizes institucionais sobre a ferramenta.

Texto: Gabriel Miguel | Fotos: Erica Fernanda


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