Cursos EaD debatem curricularização da extensão na UEPG

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), por meio das Prós-Reitorias de Extensão e Assuntos Culturais (Proex) e de Graduação (Prograd), deu continuidade ao 1º Seminário de Acompanhamento da Curricularização da Extensão. As atividades acontecerem nesta terça-feira (06) e envolveram a troca de experiências extensionistas entre os professores dos cursos na modalidade de Educação a Distância (EaD). Anteriormente, todos os setores de conhecimento da instituição já haviam passado pelo mesmo processo de discussão.

Por determinação da Resolução CNE/CES nº 7/2018, as atividades de extensão tornaram-se obrigatórias nos currículos de graduação, devendo compor, no mínimo, 10% da carga horária total. Essa inclusão visa aprimorar a formação do estudante, ampliando seus horizontes e vivências, ao mesmo tempo que promove maior integração entre a instituição de ensino e a sociedade.

Na UEPG, a implementação da extensão como componente curricular iniciou em 2022, primeiramente no curso de Serviço Social, e foi estendida aos demais cursos da universidade em 2023. A referida norma também se aplica à EaD. “Sabemos que é um processo desafiador devido à especificidade de cada curso e de cada polo, mas estamos conseguindo implementá-lo da melhor forma possível”, explica Beatriz Gomes Nadal, pró-reitora da Proex.

A diretora de Ensino da Prograd, Cristiane Aparecida Woytichoski, avalia que a questão geográfica realmente exige que a Universidade pense em alternativas para cumprir a legislação e estar próxima dos habitantes dos locais atendidos. “Na EaD, a extensão apresenta particularidades devido ao perfil dos alunos e à localização dos polos. O maior desafio é a aproximação com as comunidades”, afirma.

Semelhanças e diferenças

A Coordenadora Pedagógica do Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância (Nutead), Fátima Aparecida Queiroz Dionizio, esclarece que as diretrizes válidas para o ensino presencial, no que diz respeito à extensão, são as mesmas, porém, a operacionalização é diferente.

Isso ocorre porque os professores extensionistas e tutores dos polos são os responsáveis por assessorar os discentes. “Temos um docente dedicado às atividades extensionistas que realiza a organização de todos os processos pedagógicos, definindo como ocorrerão essas ações. Ele também efetua o registro das ações nos polos em que esses alunos estão inseridos, por meio do coordenador de curso. Para isso, são acompanhados pelos tutores. E nós contamos muito com as equipes que recebem esses profissionais nos municípios, nos locais onde eles realizam essas atividades práticas”, detalha Fátima.

Quanto às dificuldades, Fátima concorda com as representantes da Proex e Prograd sobre as peculiaridades de cada polo, que tornam a aplicação da curricularização uma tarefa árdua, porém, não impossível com a devida adaptação. “Nós lidamos com secretarias diferentes, e algumas regras também são específicas. Precisamos adequar conforme o contexto”, pontua.

Atualmente, a UEPG oferece 13 cursos, entre licenciaturas, bacharelados e tecnólogos, e em todos eles a curricularização está sendo efetivada. Conforme dados do Nutead, a UEPG possui 59 polos no Paraná, dois em Santa Catarina e quatro em São Paulo. Os estudantes podem realizar as atividades de extensão de maneira individual ou em grupo, dependendo da aprovação dos coordenadores de curso aos quais estão vinculados e dos convênios existentes com os órgãos onde a extensão será desenvolvida. “Cada curso tem múltiplos polos para atender. Então, essas iniciativas de extensão se multiplicam nesse aspecto”, completa Fátima.

Texto e fotos: Helton Costa


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