Trabalhadoras da reciclagem participam de oficina de cosméticos da UEPG

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Na última sexta-feira (08), o projeto de extensão ‘ManipulAção: manipulando cosméticos e transformando vidas’, ligado ao Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), realizou uma ação com os trabalhadores da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis do Bairro de Uvaranas (Acamaruva). Durante o encontro, as catadoras cooperativadas produziram um esfoliante para a pele e um desodorante artesanal, utilizando produtos de fácil aquisição, como bicarbonato, essências, glicerina e amido de milho.

A professora Patrícia Döll Boscardin, que coordena o projeto, explicou que desde 2019 os colaboradores da Acamaruva vêm recebendo ações voltadas à formulação de produtos facilmente encontrados nos lares das participantes. “A gente faz visitas frequentes, trazendo oficinas, atividades e ações voltadas à saúde e bem-estar. Tentamos sempre trazer a parte prática, sempre com algum tema diferente e que seja do interesse delas também”, explicou a docente.

Ao participar da oficina, a estudante de Farmácia Raíssa Schmidt contou que se sentiu bem em compartilhar seus conhecimentos com a comunidade. “Eu acho muito legal. É muito bom estar aqui com elas, é bem gratificante”, explica. A colega de Raíssa, Maiara Kolicheski Lages, também se mostrou feliz por poder partilhar um pouco do aprendizado da sala de aula. “Eu vi uma oportunidade nesse projeto, de poder trazer para a comunidade os conhecimentos que a gente aprende na faculdade, nessa área maravilhosa que é a cosmetologia”, disse a estudante.

A presidente da Associação Acamaruva, Maria Aparecida Cardozo, além de apoiar e aprovar a iniciativa, também participou da formação. “‘É bom aprender coisas novas. O pessoal fica animado e a gente adora!”, declarou.

Leidy Fontalvo, uma das três venezuelanas que entraram recentemente para a cooperativa, deixou o país de origem há 10 anos, morou sete na Colômbia, quase três na Bahia e se transferiu para Ponta Grossa no último mês de abril. A ex-auxiliar de cozinha de Maracaibo, mãe de dois filhos, agora sustenta a família com o trabalho na associação e aproveitou para aprender novas habilidades durante a oficina. “Uma vizinha que me ajudou a conseguir serviço aqui e estou bem. Eu sou uma pessoa que gosta de trabalhar. É a primeira vez que trabalho com coisas assim”, afirmou.

Novas oficinas, com outros temas, devem ser realizadas nos próximos meses, todas gratuitas e com materiais fornecidos pela UEPG e por integrantes do projeto.

Texto e fotos: Helton Costa


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