

A coordenadora do CEE-UEPG, professora Cleise Maria de Almeida Tupich Hilgemberg, explica que o Centro tem capacidade técnica para ser a origem do projetos inovadores e pode ajudar a desenvolver esses projetos para que eles possam, no futuro, serem incubados pela Agência de Inovação e Propriedade Intelectual da Universidade. “Toda ideia que o aluno e/ou comunidade externa tenha e queira desenvolver, podem nos procurar aqui. Ajudamos a montar, a amadurecer essa ideia até o ponto em que ela possa se tornar um startup”, destaca.
Cleise explica ainda que, a partir do apoio do CEE, a futura startup pode já sair graduada e com a certeza de que ela tenha um produto viável, que possa ser comercializado, a partir de uma validação e com a certeza de monetização da proposta. “Com isso, é possível amadurecer em um grau maior e buscar até mesmo financiamentos, como o ofertado pelo Hub de Inovação de Ponta Grossa”, completa.
O CEE-UEPG já apoia três novos projetos inovadores. Um deles é a Isanus, capitaneado por Lilian Kelly Souza Leite. Ela conta que a ideia é desenvolver um mapeamento de comportamento de alunos desde a educação infantil, ensino médio e até mesmo nas universidades. “Queremos ajudar os professores para terem ‘insights’ sobre queda de rendimento, o porquê de notas baixas”, explica. Para ela, o CEE e a UEPG podem contribuir muito com o projeto tanto na parte de estrutura física para o desenvolvimento, como na proximidade com pesquisas e estudos comportamentais desenvolvidos na Universidade.
Sisdrone é outro projeto que já conta com o apoio do CEE. De acordo com Luciano Vieira Dechandt, idealizador, o sistema vai atuar como uma espécie de garantia para quem adquire drones para ser possível comprovar manutenções e mapeamento de peças. “Por exemplo, se um drone cair é possível ter certeza de que não foi por conta de mau uso”, afirma. Para ele, por se tratar de um projeto embrionário, estar no CEE é uma oportunidade de uma maior divulgação e, quem sabe, abrir mais portas para que a proposta avance.
Marcos Rogério Fertuani também possui um projeto pré-incubado. Segundo ele, a força e a inspiração surgiram após a perda de sua irmã. “A Blue Rise vai cuidar de diagnósticos por Inteligência Artificial (IA) para melhorar a saúde humana e vai ajudar o médico a tomar decisão. Isso nasceu do problema de saúde da minha irmã, que faleceu. Então encontrei forças para pensar essas tecnologias para ajudar o diagnóstico clínico”, finaliza.
Texto: Tierri Angeluci / Fotos: Erica Fernanda