

A ocupação Ericson John Duarte, em Ponta Grossa, agora conta com uma biblioteca comunitária, com livros voltados ao público infantil. Na última sexta-feira (24), alunos e professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) inauguraram o espaço que fica na casa sede da comunidade. Com contação de histórias, balões, brinquedos e integração com moradores, a tarde aconteceu por iniciativa de integrantes do curso de Serviço Social e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas (PPGCSA).


No armário da biblioteca, há histórias em quadrinhos, histórias infantis, livros didáticos, tapete colorido, lápis de cor, ilustrações e até um espaço para apresentação de fantoches. Saber que as crianças podem ter a oportunidade de crescer como leitoras assíduas emocionou a acadêmica Amanda Siebre. “Ver que eles terão bastante contato com a leitura me remeteu à infância”, conta. E como aluna, Amanda enxerga a atividade como um impulso profissional. “Nos ajuda a enxergar como será nossa vida fora da universidade, pois tudo envolveu muita organização e muito trabalho em equipe para conseguir realizar o projeto”. 

A professora Cleide Lavoratti leciona a disciplina que as alunas desenvolveram o trabalho. “A comunidade pedia muito um espaço de cultura e lazer, e a ideia da biblioteca veio justamente pra gente refletir a prática extensionista dentro da graduação, juntamente com o contato com a realidade local”. Para a docente, este diálogo com as demandas da sociedade é fundamental parta uma formação acadêmica cidadã. “A universidade não tem apenas o dever de formar pessoas para o mercado de trabalho, mas também auxiliar na transformação social, combatendo injustiças para um país mais humano e justo”, acrescenta Cleide, que ainda enfatiza que os dados dessa atividade serão utilizados para pesquisas na pós-graduação.


Lislei enfatiza que a pós-graduação também pode realizar práticas de curricularização da extensão. “A gente entende que as pesquisas não devem se ater à universidade. Elas precisam ser relevantes cientificamente, mas também têm que ter utilidade e impacto social”, adiciona. A professora Sandra Scheffer também esteve presente na inauguração e irá participar das atividades de pesquisa do projeto: “estamos numa comunidade que nos dá elementos para pensar o direito à cidade e os direitos humanos de maneira geral. Com esses elementos, vamos trazer as pesquisas que irão se converter em artigos e terão impacto direto na sociedade”, finaliza.
Texto e fotos: Jéssica Natal
















































