Egressos da ETL-UEPG recebem prêmios que reconhecem a qualidade de queijos

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A qualidade dos queijos produzidos por egressos da Escola Tecnológica de Leite e Queijos dos Campos Gerais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (ETL-Queijos-UEPG) foi reconhecida mais uma vez, nos últimos meses. Dois produtores ganharam prêmios em nível nacional e internacional em setembro. As premiações atestam a qualidade da formação e dos produtos lácteos produzidos no Estado.

Em 14 de setembro, a Queijaria Vila Velha, de Ponta Grossa, ficou com a medalha de prata no 7º Concurso Mundial de Queijos, que ocorreu em Tours, na França. O prêmio é um dos mais importantes do setor em todo o mundo. “Mandamos o queijo Morbier Café, e com muita honra ganhamos medalha de prata nele. Fiquei muito feliz, pois este tipo de queijo é uma receita francesa e foi ousado mandar para lá”, destaca a produtora Liliane Zaziski Aardoon.

Atualmente, a Queijaria Vila Velha produz 10 tipos de queijo: o Purungo e o Nózinho, “que é nosso carro-chefe, aí o Gouda, queijo da Vó Labibe tipo Shanclich, Morbier Café, queijo de fazenda, queijo frescal, iogurte natural grego e também a manteiga”, acrescenta Liliane. Os produtores da queijaria, em breve, lançam o queijo parmesão maturado. Egressa da turma de ETL-Queijos de 2023, Liliane destaca que as aulas foram de extrema importância para ela. “Foi meu primeiro curso, e ali tirei muitas dúvidas de produção, o que alavancou muito a qualidade. O curso me ajudou muito na produção, na salga, entre outras atividades”, complementa.

Luiz Bryk é um egresso da ETL Queijos que também coleciona premiações. Somente neste ano, a sua produtora ganhou em três premiações distintas: Prêmio Queijos do Paraná, com medalha de ouro no Queijo Gouda com Ortiga, e medalha de prata com Queijo Gouda com Ervas Italianas. A segunda premiação ocorreu em Blumenau (SC), no Prêmio Queijos Brasil, com medalha de ouro no Queijo tipo Gouda natural, medalha de prata no Queijo tipo Gouda com Ortiga e medalha de bronze com Queijo tipo Gouda com ervas italianas. Já a terceira premiação foi em Brasília, no Prêmio CNA Brasil Artesanal, com segundo lugar para o Queijo tipo Gouda com ervas italianas.

A produtora de Luiz é de Arapoti, e produz somente o tipo Gouda. “A pronúncia certa é holandesa, chamamos de Queijo Ralda, que vem da região de Ralda, na Holanda,, que é uma cidade tradicional na produção de queijos”, conta Luiz. A produtora iniciou a com a mãe do seu sogro, que já fazia queijos desde a década de 50. Hoje, eles produzem cinco sabores de Queijo Gouda: natural; com mix de ervas italianas; com feno grego; com pimenta calabresa; e com ortiga. “O diferencial do nosso queijo é que ele é feito de leite cru, leite não pasteurizado e é salgado em salmoura, para manter bem a tradicional forma de fazer da Holanda”.

Luiz é egresso da Escola de Queijos de 2024, com certificação do Ministério da Agricultura, garantindo a boa procedência dos ingredientes. “O curso me ajudou muito, porque foi a partir dali que conheci mais a parte teórica e prática da produção de queijos e me deu experiência com outros queijeiros. Já utilizei muitas dicas para melhorar a maturação dos queijos aqui na chácara”, completa.

Egressos atestam qualidade

Para o coordenador da ETL-UEPG, professor Alessandro Nogueira, ver egressos conquistando prêmios de relevância na área atesta a qualidade das aulas da Escola de Queijos. “Desenvolvemos cursos excepcionais, de alta qualidade, unindo pesquisas de nível mestrado, doutorado e pós-doutorado e aplicando esses resultados diretamente na ETL. Então, a Escola se torna cada vez mais de excelência na formação e na capacitação de pessoas para trabalhar na área de queijos”, finaliza.

Texto: Jéssica Natal | Fotos: Arquivo Pessoal dos entrevistados


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