

De dentro da sala de sua casa, um celular com câmera é a única coisa que a Kely Cristina Santos Cerqueira, de 37 anos, precisa para mostrar o seu talento. Mesmo com um jeito tímido, nada a impede de soltar a voz nas redes sociais. Mas essa história começa bem longe de Ponta Grossa. Natural de Teixeira de Freitas, no extremo Sul da Bahia, Kely integra a equipe da Coordenad
A música entrou na vida de Kely desde muito cedo. Nascida em um lar religioso, a igreja e os familiares foram as influências para a música fazer parte da sua vida. “Meu irmão mais velho e meu pai tocam violão, então sempre que nos reunimos tem música”, explica Kely. Um dos irmãos também é músico e toca atualmente numa banda de rock. Ela se aventurou para aprender a tocar violão, mas não teve sucesso. Chegou a conclusão que o seu talento é para cantar e esse processo começou lá atrás, com as primeiras exibições dentro da igreja.
Ao entrar nas redes sociais da Kely, seja Instagram ou Kwai, você vai encontrar vários registros dela soltando a voz. “Eu canto de tudo um pouquinho. Gosto muito de MPB, gosto de cantar as músicas do Vander Lee, que é um compositor mineiro maravilhoso”, conta. A música está presente em todos os momentos da vida: enquanto lava o cabelo, quando vai treinar, ou em momentos marcantes. “Acho que a música é um jeito de organizar minhas emoções. Geralmente, eu canto quando não estou muito bem, quando estou triste, e é um jeito de voltar a me alegrar e me reconectar comigo mesma”, explica Kely.
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O aprendizado entrou na vida da servidora com a mesma naturalidade que a música. Ela explica que seu processo de introdução na foi de forma intuitiva. A partir da observação e apreciação das músicas que seu aprendizado foi consolidado. “Eu nunca fiz aula. Eu resolvia que ia cantar uma determinada música e simplesmente começava a ensaiar”, conta. Para continuar se aperfeiçoando, Kely deu novos passos para desenvolver o hobby: decidiu participar de um coral da cidade para poder praticar. “As pessoas falam que eu canto muito bem, mas eu não acho. Sei que tenho muito que melhorar”, conta.
Nos vídeos, Kely usa a própria casa como “estúdio” e canta a capela (sem acompanhamento instrumental). “Posso praticar um pouco no karaokê para pegar o ritmo, mas minha preferência é sempre por cantar sem os instrumentos”, conta. Ela ainda luta com a timidez para conseguir gravar seus vídeos e pensa que essa seria uma grande dificuldade para realizar apresentações. Então, por enquanto, prefere continuar cantando nas redes sociais. “Eu só me apresentei realmente na época da igreja, então sempre tratei como um hobby. Não tenho pretensão de seguir uma carreira, mas também se aparecer alguma oportunidade, podemos pensar”, conta a servidora aos risos.
Atualmente, Kely mora com seus dois filhos – um menino de 13 anos e uma menina de 5. A mais nova já segue os passos da mãe e se arrisca a cantar. Quer conhecer mais o talento da Kely? Siga ela nas redes sociais:
UEPG Extraordinária
Esta reportagem faz parte de uma série que conta o que servidores – professores e agentes universitários – fazem de notável ou excepcional em seu tempo livre – hobbies, esportes, atividades culturais, habilidades, voluntariado, etc. Para sugerir pautas e histórias para a série “UEPG Extraordinária”, é só entrar em contato pelo e-mail ccom@uepg.br.
Texto: André Packer | Fotos: André Packer e arquivo pessoal