



Grochoki assumiu a diretoria geral em 2019. “Grandes expoentes pioneiros da Polícia Científica do Paraná passaram o bastão dessa instituição centenária para mim. Agora, com muita honra, estou passando esse legado, que não é um legado de uma gestão, mas um legado institucional”, afirmou. “A Polícia Científica é construída de pessoas, e várias pessoas passaram ao longo do tempo por essa instituição, que continuará iluminando os caminhos daqueles que buscam a verdade e a justiça pela ciência”. A partir de agora, Grochocki assume a diretoria de Gestão Estratégica da Fundação de Apoio à Atividade de Segurança Pública do Paraná (Faasp).
O perito criminal é graduado em direito, engenharia e administração pública, especialista em Estado Democrático de Direito e em Direito Aplicado e Mestre em Tecnologia. Sua gestão à frente da PCIPR foi marcada pela experiência e liderança no cenário nacional de segurança pública: há cinco anos atua como membro do Conselho Nacional de Segurança Pública e presidiu o Conselho Nacional de Dirigentes de Polícia Científica. Também integra o Comitê Gestor da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas e o Comitê Gestor da Rede Integrada do Banco de Perfis Genéticos, reforçando sua contribuição estratégica para políticas nacionais e proteção à sociedade. Além disso, nos últimos dois anos, Grochocki presidiu a Academia Brasileira de Ciências Forenses.
Parceria com a UEPG
“Durante os seis anos em que esteve à frente da Polícia Científica, o diretor-geral Luiz Rodrigo Grochocki foi um grande parceiro da UEPG”, enfatizou o reitor, Miguel Sanches Neto. “Em todos os momentos ele trabalhou de maneira criativa para que pudéssemos, Polícia Científica e UEPG, constituir o primeiro IML Universitário do Brasil, que será inaugurado em breve em uma parceria com a Secretaria de Segurança Pública, mas com assessoria direta de toda a equipe da Polícia. É a ciência a serviço da Polícia Científica. Luiz Rodrigo Grochocki deixa sua marca à frente dessa grande instituição parceira da UEPG, que agora terá uma sede dentro do nosso Campus”.
A nova estrutura, cuja obra está em fase final, se divide entre a sede da Polícia Científica, com cerca de 1,6 mil m² e o Centro de Anatomia da UEPG, com quase 1 mil m². A sede da PCI é composta por salas administrativas, consultórios e área de atendimento ao público, sala de necropsia, salas de exames, sala de câmara fria, salas de apoio técnico, alojamentos e salas de convivência. Já o Centro de Anatomia conta com salas de aula, auditório, refeitório, salas administrativas e salas de apoio técnico.
O secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, enfatizou a qualificação de Grochoki e sua competência ao conduzir a corporação em um período de avanços significativos e consolidação da instituição como referência em ciências forenses. “Até então, a corporação, que não tinha reconhecimento e perdia talentos para outros estados por questão de remuneração, mudou completamente. Hoje, a Polícia Científica é uma das mais valorizadas: temos 20 unidades da PCIPR distribuídas pelo Estado, mais quatro postos avançados e seguimos expandindo”, afirmou. “Grochocki liderou o processo da Lei de Organização Básica das polícias científicas no País e deixou um legado importante. Tenho muito orgulho de ter trabalhado com ele, de tê-lo conhecido e tenho certeza de que, acima de tudo, fica a amizade entre nós”.


O Paraná foi, ainda, pioneiro na adoção do Sistema Nacional de Análises Balísticas (Sinab), em 2022, registrando o primeiro “hit” do sistema. Em 2025, a instituição recebeu homenagem da Interpol, consolidando o reconhecimento internacional do trabalho desenvolvido.
No campo legislativo, a gestão acompanhou mudanças estruturantes e a aprovação de leis importantes, como a Lei 21.117/2022, que instituiu a Lei Orgânica da Polícia Científica do Paraná; a Lei Complementar 258/2023, sobre a estruturação das carreiras da instituição; e a Lei 21.640/2023, que instituiu o Código de Ética da Polícia Científica, fortalecendo a governança e a profissionalização dos servidores.
Agora, a corporação segue sob o comando de Ciro Pimenta, perito criminal, graduado em Ciências Contábeis, Educação Física e Engenharia Florestal. O novo diretor-geral, que atua na PCIPR desde 2009 e ocupava o cargo de diretor operacional desde 2022, afirmou que assume com o desafio de conduzir a Polícia Científica em um momento de crescente demanda por segurança pública e eficiência nos processos periciais. “Pretendemos manter o bom trabalho que já vem sendo feito. Continuar com os investimentos, tanto em equipamentos como pessoal e também no desenvolvimento de novas metodologias”, apontou. “Estamos recebendo novos servidores neste fim de ano e pretendemos continuar contribuindo com o sistema de segurança pública e com o sistema de justiça, mantendo a equipe sempre integrada, trabalhando com as demais forças de segurança”.
Texto: Aline Jasper, com informações da Sesp-PR | Fotos: Aline Jasper | Fotos de arquivo: Aline Jasper e Tierri Angeluci


















