Núcleo de Tecnologia da Informação da UEPG completa 40 anos

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São eles os responsáveis por realizar a gestão das plataformas de aula online, fazer a manutenção de redes, cabos, computadores e impressoras, instalar e cuidar de servidores, transmitir o sinal da TV Educativa, pensar e implementar sistemas utilizados por todos os estudantes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), como o do Restaurante Universitário (RU) e da Biblioteca (Bicen) e o SEI, além de intermediar negociações sobre os sistemas dos Hospitais Universitários, as câmeras de segurança dos dois campi, e cuidar dos logins de milhares de servidores, estudantes e comunidade externa da UEPG. 

Essas são só algumas das incontáveis funções desempenhadas pelo Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI), que comemora quatro décadas de existência neste dia 4. Ao longo dos anos, passaram pelo antigo Centro de Processamento de Dados (CPD) – hoje NTI – inúmeros servidores, estagiários, professores, colaboradores. Atualmente, o órgão conta com mais de 40 colaboradores, entre servidores e estagiários – um time empenhado em tornar a UEPG mais ágil, moderna e eficiente.

Centro de Processamento de Dados – o início 

O Centro de Processamento de Dados (CPD) da UEPG foi criado em 04 de junho de 1985. Nascia ali, sob a resolução CA nº 21, o órgão responsável por tocar a tecnologia da Universidade que, 40 anos depois, seria a grande protagonista do estado em grandes projetos da área, como a Redecomep. No início, o CPD tinha como objetivo desenvolver sistemas, servir como lugar de estágio para acadêmicos dos cursos de Tecnologia e assessorar a Universidade em assuntos relacionados ao tema. 

Em 07 de abril de 1993, o Regimento do CPD como órgão suplementar à Reitoria e supervisionado pela Pró-Reitoria de Assuntos Administrativos (Proad) foi homologado. Mas somente em 2014, o órgão passou por uma reestruturação, devido a mudanças no organograma da UEPG, transformando-se, oficialmente, em NTI, cujo regimento interno foi aprovado em 2021, atribuindo ao órgão a responsabilidade de direção, planejamento, desenvolvimento, suporte e monitoramento das atividades relacionadas à Tecnologia da Informação, no âmbito da UEPG.

Os primeiros anos e os primeiros servidores

Sandro Teixeira, Andréa Marra Schade e Vladimir Alexandrino de Souza fazem parte da equipe de veteranos do Núcleo de Tecnologia da Informação. Sandro está há 38 anos no NTI, viu o órgão nascer e se tornar um dos braços mais fortes e onipresentes da Universidade. Aluno da primeira turma do curso de Bacharelado em Processamento de Dados, Sandro relembra os primeiros dias trabalhando no órgão. “No final de 1987 foi realizado um concurso para angariar novos integrantes pro CPD – era preciso crescer, comprar máquinas maiores e tudo mais”, comenta. “Quem tocava o CPD era a professora Leila Issa Rickli, que deu aula pra gente no curso”.

Sandro traz para a entrevista uma série de papéis com anotações – memórias desses 38 anos de contribuição para a tecnologia da UEPG. “Quando a gente entrou, foi adquirido um IBM chamado 4341. E tinha outro IBM também mais tarde, o 4381”.

Na época, o trabalho era dividido em três grandes áreas: digitação, operação e programação. “Como era um equipamento só de grande porte, chamado de mainframe, precisava ter essas três funções”, explica. A linguagem de programação utilizada era Cobol – ensinada para os estudantes pela professora Leila, como relembra Sandro. “E a gente programava nesse IBM”.

Do mainframe aos microcomputadores 

Já no início dos anos 1990, com o avanço da microinformática, o CPD deixou de trabalhar com o mainframe e passou a trabalhar com computadores Intel 486 num sistema de redes. “Nós fizemos uma licitação grande e internacional de microcomputadores”, relembra Sandro. “Precisávamos migrar todos os programas do mainframe para as redes. O professor Álvaro Benedito Di Piero, que era nosso chefe, fez uma força-tarefa”. 

Durante alguns anos, o trabalho seguiu intenso, como relembra Andréa Marra Schade, que chegou ao CPD em 1995, no meio dessa transição para os microcomputadores. “Quando eu entrei, ainda não tinham chegado esses computadores”, comenta. “E eu me lembro muito bem que o pessoal trabalhava nos terminais”.

Marra recorda momentos marcantes do início dos trabalhos. “Você tinha que ir nas salas, nos departamentos, instalar o sistema operacional, o Office… Office eram 27, 28 discos”, enfatiza, “então eu andava com uma caixa de teclado e ia de computador em computador instalando, era muito trabalhoso”. 

Para que a transição do IBM para os microcomputadores fosse eficaz, o time precisou fazer um curso para trabalhar com a nova linguagem – o SQL Windows. “A gente tinha pressa por conta do bug do milênio”, Andréa explica. Os sistemas eram feitos com os anos aplicados em 2 dígitos, por exemplo, 99. Caso a migração não acontecesse a tempo, o próximo ano seria 00, mas 00 teria equivalência ao ano de 1900 e não de 2000. “Ia ser menor que o ano anterior, daí não pode. Tínhamos que fazer a conversão – e rápido”. 

Para essa grande transição, a equipe teve que reescrever todos os programas para outra linguagem de programação. “Isso já foi no final de 1999, nós desligamos o IBM definitivamente e passamos tudo para rede”, detalha Sandro. 

Os sistemas do CPD

Vladimir Alexandrino de Souza também entrou para compor a equipe da transição no ano de 1996. “Com a microinformática, foram criadas as quatro áreas do CPD: sistemas, manutenção dos equipamentos que hoje a gente chama de suporte, e a área de redes – e o Sandro sempre cuidou do Banco de Dados”, explica.

Vladimir relata que os servidores também foram se espalhando, conforme o órgão e a universidade cresciam. “Os funcionários que trabalhavam com operação emitiam relatórios, faziam backups, esse pessoal precisou ir para manutenção de equipamentos, por exemplo, porque todo o nosso esquema mudou”.

Folha de pagamento, patrimônio, farmácia e protocolo são quatro exemplos de sistemas que migraram completamente do mainframe para os microcomputadores. “A gente tirou da linguagem Cobol, foi uma verdadeira força-tarefa mesmo”, relata Vladimir, que complementa: havia muito trabalho de digitação. “Na Prograd [Pró-reitoria de Graduação], tinha muita gente só pra digitar notas. A gente pegava o diário de classe e digitava uma por uma”.

Desafios, novas tecnologias e constante adaptação

“Eu acho que o NTI tem na alma todos os grandes os projetos da Universidade”, relata Cristiane Galvão Fidélis, coordenadora de Controle Interno da UEPG. Ela também fez parte da história do NTI e recorda momentos de seu início de carreira no Núcleo que viu chegar as tecnologias de bancos de dados, da internet, do Windows e muito mais.

“Só molecada trabalhava com a gente”, relembra. “Quem mexia na informática eram os jovens, né? E informática nos anos 1990 era o futuro. Ninguém tinha filho, a gente foi crescendo junto”. Cristiane enfatiza a importância da trajetória do NTI na UEPG, ressaltando os desafios de adaptação às novas tecnologias e a constante necessidade de atualização dos sistemas. Ela também comenta o envolvimento do NTI em projetos-chave, incluindo a implementação do SEI, o desenvolvimento do Acadêmico Online, e a primeira apuração eletrônica de votos em Ponta Grossa – um sistema desenvolvido por ela.

“O pessoal preenchia os boletins, que vinham pra universidade pra fazer uma dupla digitação e a gente fazia a checagem depois da dupla digitação. Somente se elas estivessem corretas, os votos eram computados”, explica Cristiane. “Nós fazíamos no microcomputador, e não tinha muita gente, na época, que trabalhava com microcomputador e eu fui eleita para fazer esse sistema. Foi um desafio, uma coisa diferente”. 

A servidora ressalta: o NTI tem um papel crucial no sucesso da Universidade. “O NTI sempre prestou atendimento a todos os órgãos da UEPG. A gente conhecia todo mundo, desde o reitor até o pessoal administrativo”. A cada mudança de tecnologia, destaca, novos sistemas precisavam ser desenvolvidos, e os antigos precisavam de aperfeiçoamentos, alterações, ajustes. “A gente viveu o mainframe, a rede de computadores, o banco de dados e depois veio o fenômeno da internet, que popularizou o microcomputador e fez com que explodissem as linguagens de programação: php, Java, Clipper e por aí vai”.

Uma Universidade cada vez maior e mais diversa

Marra estava na área de desenvolvimento e passou para a área de internet quando o NTI desenvolveu os primeiros sites da UEPG, no início de 1997. “Era bem simples, mas a gente tinha site. As outras universidades já possuíam, então tínhamos que ter também. Hoje a gente vê a diferença, né?”.

Com o início dos anos 2000 e a migração completa para os microcomputadores, veio um grande destaque da modernização implementada pelo NTI: os softwares livres começaram a ser utilizados. Sandro recorda que Luiz Gustavo, hoje diretor do NTI, ainda era estagiário na época, mas já participou da implementação e escreveu artigos com a equipe sobre mais essa transição. 

A equipe dos veteranos enfatiza que, ao longo dos anos, cada vez mais as gerências vão buscando formas de melhorar a produtividade. E não somente partindo de demandas internas, mas de solicitações de órgãos públicos como o Tribunal de Contas do Estado, por exemplo, e do Governo Federal. Assim foram com os atuais sistemas do Restaurante Universitário e do Diploma Digital.

“Você entra lá e está tudo bonitinho”, diz Sandro, “mas até chegar nesse resultado, a gente fez muita coisa”. O trabalho da equipe do NTI é infinito, afirmam os servidores. Quanto mais a universidade cresce, mais crescem as demandas. “Por exemplo, um sistema que nunca vai ter fim é o da Prograd. Uma decisão que o Colegiado toma afeta completamente o nosso trabalho”, destaca Andréa. Ela também reforça que enquanto muitas universidades compravam os sistemas, a UEPG desenvolvia os próprios, além de dar suporte e oferecer manutenção aos terceirizados. 

UEPG Digital

Desde os anos 2000 e com o avanço da tecnologia, a digitalização da Universidade vem sendo uma atividade importante e imprescindível. Ao longo dos anos, passaram pelo NTI os seguintes diretores: Leila Issa Rickli (de 04/06/1985 a 24/03/1992), Álvaro Benedito Di Piero (de 25/03/1992 a 03/09/2002), Carlos Alberto Volpi (de 03/09/2002 a 04/03/2013), Dierone Cesar Foltran Junior (de 05/03/2013 a 31/08/2018), e Luiz Gustavo Barros (de 01/09/2018 até o presente). 

Luiz Otávio Oyama é egresso do curso de Engenharia de Computação da UEPG. Presente na Universidade há 10 anos, Oyama encara de frente os desafios que vêm atrelados ao fato de se trabalhar com tecnologia. Inicialmente acompanhando o Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância (Nutead), Oyama passou a integrar a equipe do Hospital Universitário e recentemente está lotado como servidor do NTI, no campus Uvaranas.

“Aqui no NTI, ninguém faz nada sozinho”, diz Oyama. “É preciso ter escuta. Muitas vezes, o usuário quer uma solução rápida, mas o nosso trabalho não é linear, o NTI funciona de sol a sol, e de lua a lua”, relata. “Uma vez, precisamos fazer uma grande atualização de sistemas no Hospital e mobilizamos uma equipe para trabalhar das 22h às 7h”. 

Luiz Gustavo destaca que desde sempre o Núcleo teve um papel importante junto à formação de estagiários. “Eles são muito bons, muito mesmo, tanto que às vezes nem terminam o período com a gente porque as empresas já querem contratá-los”. Essa é uma característica presente desde o início do antigo CPD e que persiste até hoje. 

Qualidade, eficiência e trabalho

Andrea Christiane Zander Pellissari é gerente da área de Sistemas e chegou para compor a equipe do NTI no fim do ano de 2019, pouco antes da pandemia. Com 31 anos de UEPG, ela afirma: “a gente trabalha sempre tentando proporcionar um produto de qualidade para a universidade”. Pellissari, como é conhecida pelos colegas da Universidade, afirma que por mais que pareça que ‘lá fora’ não está acontecendo nada, “aqui dentro do NTI está fervilhando 100% do tempo”.

Todo esse trabalho reflete em um presente repleto de conquistas e responsabilidades, investimentos e grandes empreitadas. Miroslei Antônio de Jesus – o Miro – comenta que já sabia que a rotina no NTI era intensa, mas só foi ter a verdadeira noção do quanto quando passou a integrar o Núcleo, meses atrás. “Eles me acolheram muito bem”, afirma, “mesmo quando eu disse que não sabia algumas coisas, eles me deixaram à vontade para aprender e isso não tem preço”. 

Um olhar onipresente

No prédio do NTI, a grande mesa na sala de reuniões e treinamentos enfatiza: é uma equipe numerosa. Ainda assim, Rafael Afonso Meyer, que integra o Núcleo há 11 anos, comenta: “a gente está sempre em movimento, estamos presentes em todos os setores, dentro e fora da Universidade”.

E Rodrigo Pereira Leite, gerente do NTI-HU, sabe bem disso. Sua responsabilidade é garantir que os Hospitais Universitários da UEPG não parem. “São 24h de trabalho, plantões e sobreavisos aos finais de semana e à noite, para cuidar dos sistemas, das redes e fornecer suporte aos equipamentos do HU”, relata. Um trabalho de extrema importância, mas que nem sempre ganha a evidência que merece.

Para Pellissari, essa é a verdadeira função do NTI: estar nos bastidores cuidando para que tudo saia da melhor maneira possível. Ela comenta, com humor: “sabemos que está tudo bem quando ninguém lembra da gente”. Mikeias Silva Gomes de Azevedo complementa: “nós sempre estamos pensando no que podemos resolver de maneira mais rápida e eficiente. E isso nem sempre vem a partir de uma solicitação do usuário, muitas vezes estamos antecipando possíveis problemas”. 

Jocimar Dezonet, gerente da área de Suporte, diz com orgulho que a equipe está sempre disposta a ajudar. “A gente não pode deixar faltar nada”, explica, “se tem um evento, uma feira, se você tem um problema e o seu computador não funciona, por exemplo, a gente corre pra socorrer, porque a Universidade não pode parar”. Dezonet enfatiza que todas as gerências, todas as áreas são interligadas e interdependentes. “Eu sou do Suporte, eu levo os equipamentos, somos os responsáveis por manter todo parque de máquinas funcionando. Mas se não tiver uma rede que funcione, nada acontece”, relata. “A gente trabalha muito junto, um ajudando o outro”. 

Meyer é gerente de Infraestrutura de Redes, ou seja, é responsável pela direção de todas as questões de cabeamento, Wifi, telefonia, câmeras digitais e fibra óptica. Por dia, segundo dados do NTI, cerca de 5 mil usuários se conectam ao Wifi da UEPG, por período. Com orgulho, Rafael conta que um dos maiores exemplos da importância do trabalho do NTI aconteceu durante a pandemia da Covid-19. “Quando veio a pandemia, a universidade não parou”. Pellissari complementa: “hoje, a gente acompanha o pessoal dando aula no Classroom, mas lá atrás, ninguém conhecia essa ferramenta, nem os estudantes e nem os professores”, relembra. “Foi um grande trabalho, uma grande experiência estar presente nesse momento de boom da tecnologia na UEPG”.

Foi também durante a pandemia que, junto à Pró-reitoria de Assuntos Estudantis, o NTI preparou e montou salas específicas para o uso de computadores e distribuiu notebooks, tablets e celulares para que os acadêmicos pudessem seguir estudando sem comprometer seu rendimento. “Foram duas ações prioritárias que o NTI precisou prover para o ensino remoto”, explana Gustavo, “acesso e plataforma. Para o acesso, distribuímos 300 telefones celulares, 60 notebooks, 50 tablets e 100 planos de dados 4G. A plataforma que decidimos utilizar, Google Classroom, foi uma grande ação de transformação digital na UEPG”.

Transformação digital

Os últimos anos, para o NTI, vêm sendo de extrema importância, devido às mudanças tecnológicas e a transformação digital que acontece a todo tempo no mundo e na Universidade. Desde 2018, Luiz Gustavo destaca pontos importantes do trabalho do Núcleo de Tecnologia da Informação na UEPG: a troca de equipamentos de todos os setores, o projeto UEPG Digital que envolve a implementação do SEI e a digitalização dos processos que envolvem o ciclo do acadêmico, a atuação do Núcleo durante a pandemia, já citada, e o envolvimento com a Redecomep. 

“Foram trocados cerca de 2.500 computadores e notebooks, neste último ciclo de gestão, incluídos os hospitais da UEPG”. Ao todo, são 3500 unidades de equipamentos. “Já conseguimos executar uma renovação de 70% de todo o nosso parque nos últimos anos”, enfatiza Gustavo. “Nossa meta é a renovação contínua dos computadores da instituição, de forma evitar o uso de equipamentos obsoletos que, além de causar impacto nas atividades dos usuários, também geram maior demanda de suporte para o NTI”, finaliza.

Gustavo cuida de cada detalhe. Como relata Pellissari, “ele não deixa a gente parar, está sempre antecipando e inventando coisas novas”. O projeto das Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep) é considerado pelo diretor como um marco para o NTI. São 52 km de fibra óptica espalhadas pela cidade que conectam a UEPG, os Hospitais Universitários, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) a 800 instituições de ensino superior e centros de pesquisas no Brasil. “Isso possibilitou a ampliação da capacidade de transmissão de dados dentro da cidade na ordem de 20 vezes. Ou seja, onde tínhamos um link de 1 Gbps passamos a ter 2 links de 10 Gbps cada”, explica Gustavo. “Além de permitir expansões de velocidade sem incremento no custo mensal, bastando investimentos em novos equipamentos de maior capacidade, essa rede nos deu flexibilidade operacional para novas implantações na UEPG, além de projetos em cooperação com as demais instituições participantes”. 

A partir da implantação e operação da Redecomep em Ponta Grossa pela UEPG por meio do NTI, a experiência proporcionou que o Núcleo de Tecnologia da Informação, sob direção de Gustavo, liderasse o projeto Anel de Conectividade, que está sendo desenvolvido pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Fundação Araucária e as sete Universidades Estaduais e que irá implantar conexões de 400 Gbps interligando 19 cidades do Estado do Paraná.

Esse é o resultado de uma instituição comprometida com a evolução tecnológica e com um Núcleo integrado em diversos âmbitos e processos da Universidade. “A gente não trabalha pra nós, a gente tá sempre trabalhando para alguém, resolvendo problemas para que a Universidade ande. A gente quer facilitar a vida das pessoas”, comenta Gustavo.

Nesse sentido, surgiu a necessidade de implementar o SEI, em abril de 2019, que tornou digitais os processos administrativos e acadêmicos da UEPG, abolindo o papel. “Toneladas de papel foram economizadas e isso possibilitou que, a partir de 2020, as matrículas dos acadêmicos fossem realizadas 100% online, em meio eletrônico, através de um novo sistema desenvolvido pelo NTI”, aborda.

Ainda em 2019, ocorreu a implantação do Google Workspace que, durante a pandemia, possibilitou que a UEPG permanecesse em atividade por meio do ensino remoto. “O NTI desenvolveu a integração entre o sistema acadêmico da UEPG e o Google Classroom, de forma a sincronizar as turmas, professores e alunos entre os dois sistemas”, explica Gustavo. “Devido à grande adesão por parte da comunidade universitária, este serviço continua sendo sustentado pelo NTI até hoje, agora sendo utilizado como ferramenta de suporte ao ensino presencial”.

Para encerrar o ciclo do acadêmico na Universidade, a recente implantação dos diplomas digitais coroa os processos de digitalização da UEPG. “Além de ser o cumprimento de uma exigência legal, esta ação encerra o ciclo do acadêmico com todos os processos executados em meio eletrônico”, explana o diretor do NTI.

O futuro

Gustavo termina a entrevista consciente da contribuição do NTI para a UEPG, nos últimos 40 anos, e do trabalho que ainda existe a ser realizado. “A Universidade é um lugar complexo, porque nós temos diversas áreas de atuação que são completamente diferentes”, explica o diretor. “Temos uma fazenda, hospitais, farmácia, uma editora, um provedor de internet e uma fábrica de software – que somos nós – um canal de TV, um laboratório de análises clínicas, uma clínica odontológica… Cada setor desse poderia ser uma empresa independente, mas não é o caso”.

Para os próximos 40 anos, trabalho, evolução e soluções feitas sob medida para a UEPG. “O NTI trabalha como um alfaiate. Quanto mais a Universidade cresce e se torna complexa, cresce e se torna complexo também o nosso trabalho – estamos em constante evolução”, finaliza Gustavo. 

O Núcleo de Tecnologia da Informação do ano de 2025 celebra 40 anos com os seguintes colaboradores: Abner Yoham Sato, Ana Carolina Abreu, André Hanke do Amaral, Andrea Christiane Zander Pellissari, Andréa Marra Schade, Bruno Seixas Bonfatti, Carolina Picheictt Carvalho Gomes, César Luiz Kulcheski, Christiani Borsato de Ramos, Daniel Chaves Simão, Douglas Vida, Edson de Almeida, Egon Antunes Borges, Eliezer Nascimento, Evaldo Santos da Silva, Everson Dias Hammerschmidt, Felipe Thiago Wozniak Silva, Gabriel Henrique Simioni, Guilherme Fernando Goebel, Isabelle Betero, João Rafael dos Santos da Rosa, João Vicente Kochinski, Jocimar Dezonet, Josué Francisco Santos, Lucas Lourival Alves, Luiz Gustavo Barros, Luiz Gustavo De Souza Schelesky, Luiz Otavio Oyama, Marcelo Pontes, Matheus Bilobrovec, Maurício José Simão, Miroslei Antônio de Jesus, Paulo Roberto Mendes, Rafael Afonso Mayer, Rafael Pugsley, Rodrigo Pereira Leite, Romulo Augusto Merhy, Sandro Teixeira, Vinicius Justus Gonçalves, Vladimir Alexandrino de Souza, Wesley Vinicius Fernandes.

Texto e fotos atuais: Domi Gonzalez. Fotos históricas: Arquivo da UEPG.


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