Contém Química reúne alunos em oficinas interativas e celebra o Dia do Químico

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Na última quarta-feira (18), alunos e professores do Departamento de Química da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Dequim-UEPG) promoveram a terceira edição do Contém Química, um evento de divulgação científica em comemoração ao Dia do Químico, com oficinas e atividades práticas. A iniciativa reuniu 80 estudantes do período noturno dos Colégios Estaduais Regente Feijó e Nossa Senhora das Graças.

Como conta a professora Luciana de Boer Pinheiro de Souza, coordenadora do curso de Licenciatura em Química e do projeto de extensão “Divulgação Científica: desmistificando a Ciência para a Sociedade”, ao qual está vinculado o evento, o objetivo é promover o protagonismo dos acadêmicos de Licenciatura e Bacharelado em Química, como parte das atividades das disciplinas de Prática Extensionista no Ensino de Ciências e Química e também resultado de trabalhos de conclusão de curso. “Foram ofertadas cinco oficinas de aproximadamente uma hora de duração, viabilizando a participação dos visitantes em até duas oficinas”, conta a professora.

Os temas abordados foram: “Lavando com ciência e lavanda”, sobre a produção de sabão e o uso de óleo essencial de lavanda; “Fermentação, Etanol e Química no Cotidiano: O que há no seu pão?”, que propôs uma experiência com a fermentação de pães e discutiu o mito (ou verdade?) de que o consumo do alimento poderia gerar álcool suficiente para ser detectado no teste do bafômetro; “Ciência na Praia: do mercado ao oceano”, que tratou da presença de microplásticos nos oceanos e do consumo excessivo de materiais plásticos; “Isopor: o lixo que não some”, que explorou as características do poliestireno expandido e suas possibilidades de reciclagem; e “Entre Folhas e Cores: Uma Jornada pela Sustentabilidade”, com um experimento sobre reciclagem de papel e produção de tintas naturais.

Para Santiago Kosloski, aluno de Licenciatura em Química, participar do evento vai além da prática acadêmica: é também uma oportunidade de traduzir temas complexos em uma linguagem acessível. Ele destaca que, durante a preparação das oficinas, os dados sobre sustentabilidade chamaram atenção, como o fato de que cerca de 62% do lixo sólido no Brasil tem uma destinação considerada correta, embora isso inclua o envio a aterros sanitários. “São informações que vêm de uma linguagem mais técnica e científica, e nosso papel é justamente adaptá-las para o público”, explica.

Santiago também ressalta a importância de despertar nos visitantes a consciência sobre temas que, muitas vezes, parecem óbvios, mas que precisam ser discutidos com profundidade. Para ele, trabalhar a sustentabilidade de forma prática e comunicativa fortalece tanto o vínculo com a comunidade quanto a própria formação docente. “O que a gente compartilha aqui pode fazer diferença na vida dos estudantes que passam pelas oficinas”, afirma.

Texto e fotos: Aline Jasper


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