

No último sábado (8), estudantes de Agronomia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) estiveram na Feira do Produtor para a segunda edição do workshop “Boas Práticas para o Uso Eficiente de Fertilizantes e Nutrição Sustentável de Plantas”, um projeto de extensão que promove a troca de conhecimentos entre a academia e os produtores locais.
De acordo com o coordenador da iniciativa, o professor Dr. Adriel Ferreira da Fonseca, do Departamento de Ciência do Solo e Engenharia Agrícola, um dos objetivos do workshop é promover a conscientização sobre o uso sustentável do solo e dos recursos, com foco na produção de alimentos com qualidade nutricional. O evento, destaca o professor, também é uma oportunidade para que os alunos atuem diretamente junto à comunidade. “Eles sentiram o que é a Agronomia, essa relação entre o pequeno, médio produtor e a indústria. E a população pode conhecer melhor o papel do engenheiro agrônomo na produção de alimentos”, afirmou.
Para o estudante do segundo ano de Agronomia, José Lucas Napoli Borba, poder conversar diretamente com produtores rurais é algo que enriquece a sua formação profissional. “Você aprende a conversar de forma mais prática, mais simples, pois na Universidade estamos acostumados a falar de maneira técnica. Foi muito interessante ouvir as dúvidas deles sobre combate às pragas e nutrição de plantas”, destaca. “Além do conhecimento técnico, a comunicação e a troca de experiências com o público são essenciais para levar informação de qualidade ao campo e contribuir com uma agricultura mais sustentável e eficiente”, acrescenta o estudante.
A realização do workshop contou com o apoio das empresas Calpar Calcário Agrícola, ICL e Zaaier, da iniciativa Nutrientes Para a Vida e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Ponta Grossa.
Demonstrações práticas
O workshop apresentou explicações técnicas oferecidas pelos próprios alunos nos estandes montados junto à feira livre. Foram utilizadas, para as demonstrações, plantas de tomate e de alface cultivadas durante a disciplina Nutrição de Plantas. Parte das plantas recebeu nutrição completa, ou seja, uma solução com todos os macro e micronutrientes necessários para o bom desenvolvimento. Já um segundo grupo foi cultivado com a carência de algum nutriente específico (nitrogênio, potássio, boro, cálcio, zinco etc).
Os dois grupos de plantas foram colocados lado a lado no equipamento chamado Rizotron, que permite visualizar a raiz das plantas e, com isso, demonstrar os efeitos da nutrição deficitária tanto sobre a parte aérea, quanto radicular. “Eles conseguiram mostrar que as plantas bem nutridas crescem mais rápido e têm tudo para produzir com mais qualidade. Inclusive, são plantas que ficam menos doentes. E as plantas com deficiência de nutrientes, além de não completar o ciclo, ou completar de forma inadequada, ficarão mais doentes, receberão mais defensivos agrícolas e terão um produto de menor qualidade”, explica o professor Adriel.
Texto e fotos: Gabriel Spenassatto
























